O sentido da santidade
22/08/2019 11:23
Heloiza Batista e Nathalie Hanna

Professora da PUC-Rio aborda temas como o sagrado e a clemência em novo livro

A professora Maria Clara Bingemer autografa o livro Santidade: chamado à humanidade. Foto: Catarina Kreischer

A professora Maria Clara Bingemer, do Departamento de Teologia, lançou o livro Santidade: chamado à humanidade, na terça-feira, 20, na Cátedra Maria Martini. A teóloga apresentou reflexões sobre a obra Exortação Apostólica Gaudete et Exsultate do Papa Francisco e comentou sobre a santidade como estilo de vida.

A escritora ressaltou a exortação do Papa, que conduz a santidade em direção a um lado mais humano. De acordo com ela, tudo que é cristão tem que ter como foco a humanidade, não pode flutuar em uma pretensa divindade mal compreendida. Ela abordou a importância dos santos, pessoas que tiveram uma experiência, segundo ela, mais radical, que foram humanos e ajudam a encontrar o caminho que leva ao verdadeiro Deus.

- A questão da santidade, sobretudo no catolicismo, tem sido muito mal compreendida. A devoção, e até a arte, contribuíram para ter uma visão da santidade que não corresponde com a visão do Evangelho. No Novo Testamento, aparecem as mais diversas pessoas, inclusive os demônios confessam que Jesus é o Santo de Deus e, nele, repousa a benevolência. A santidade não diz virtude, diz diferença.

Autora aborda temas como o sagrado e a clemência em novo livro. Foto: Catarina Kreischer

Maria Clara defendeu a importância da caridade e destacou que atos de bondade são mais importantes do que rituais católicos. Segundo a teóloga, a santidade deve ser praticada como ações do bem no dia a dia das pessoas, assim como nas referências bibliográficas, que impõem o amor ao próximo. Ela levanta a questão da santidade primordial em um dos capítulos do livro, e afirma que pessoas que praticam a santidade não necessariamente pertencem a uma determinada religião.

- O Papa sempre faz ênfase nisso, temos que ser os santos que o mundo pede, temos que ser a Igreja que o mundo necessita, não pode ser algo trancado na sacristia, vivendo dos aparatos do Vaticano. Devemos ser as testemunhas, os discípulos que o mundo precisa. Santos não são semideuses, são exemplos e testemunhas, luminárias que nos mostram o caminho. Eles nos ensinam que podemos ser plenamente humanos e trilhar esse caminho da santidade.

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