Rádio, Televisão e Streaming
18/05/2023 09:27
André Bocaiuva

O jornalista Clayton Carvalho ministra palestra sobre o futuro das transmissões esportivas

Clayton Carvalho conversou sobre as transmissões esportivas. Foto: Caio Matheus

A PUC-Rio recebeu o jornalista Clayton Carvalho, no dia 19 de abril, para um bate-papo sobre a transmissão esportiva. O narrador trabalha há 12 anos nos canais SporTV e atualmente também narra jogos para o Amazon Prime. A discussão foi mediada pelo professor Alexandre Carauta, do Departamento de Comunicação.

Durante uma hora de conversa, Clayton contou sobre as suas experiências dentro do jornalismo e como é a dinâmica da técnica durante uma transmissão. Ele começou a carreira de narrador em uma rádio e, a partir de 2011, se dedicou apenas ao trabalho na TV, na qual se destacou pela versatilidade, ao narrar algumas Olimpíadas e corridas de automobilismo.

Clayton se dedicou exclusivamente para a TV a partir de 2011. Foto: Caio Matheus

O jornalista explicou as diferenças entre as transmissões feitas in loco e no estúdio. Ele comentou que, quando é feita no local, o narrador precisa escutar dois coordenadores, um que está na emissora e outro na Unidade Móvel, além de trabalhar com os comentaristas e os repórteres. Quando realizada no estúdio, o jornalista tem apenas um coordenador, os repórteres e os comentaristas. No caso da imagem, revelou, é a mesma que os telespectadores recebem em casa. Clayton comentou que algumas emissoras dão mais liberdade para o narrador durante as transmissões.

— Geralmente a transmissão é com o narrador, o comentarista e o repórter. Então, a todo instante você tem que trazer o que acontece na tela. Parece algo meio óbvio, mas é importante não brigar com a imagem. O narrador tem um coordenador no seu ponto, que explica o que deve “ser chamado”, como a escalação de um time ou um certo anúncio. Mas isso é diferente entre as emissoras. Em algumas, o narrador tem mais liberdade de poder chamar isto quando ele julgar melhor.

Clayton deu conselhos para os ouvintes da palestra que têm o sonho de se tornar narradores. De acordo com ele, é importante observar as particularidades de cada esporte, principalmente pelo estudo das regras com ajuda de comentarista, um ex-atleta ou até mesmo pela internet. O jornalista citou como exemplo o trabalho nas Olimpíadas, que apresenta esportes que não são populares no Brasil e, por isso, têm regras desconhecidas pelo grande público. Para Clayton, o narrador só vai conseguir transmitir o que ocorre nas quadras de competição se estiver bem preparado.

Clayton aconselhou os alunos. Foto: Caio Matheus

O narrador apontou as diferenças das transmissões na rádio e na televisão. De acordo com ele - que possui experiência nos dois veículos - o narrador de rádio tem a função de ser mais criativo, com o intuito de alcançar o emocional e o imaginário do ouvinte. A televisão, por outro lado, permite um espaço de respiro maior, possibilita mais informações sobre a partida e proporciona uma interatividade maior com o comentarista e os espectadores.

Outro tópico abordado pelo palestrante foi o formato do streaming, que combina o estilo do rádio e o da televisão. Clayton ainda assinalou que o streaming dispensa a formalidade exigida nos canais televisivos. O jornalista enxerga neste tipo de transmissão uma ótima maneira de aumentar os assinantes daquele serviço.

— O avô do meu afilhado, no dia do jogo do Botafogo e Ypiranga, me mandou uma mensagem que dizia que ele assistiu pela Amazon e que, depois da partida, ia explorar a plataforma, porque tinha gostado bastante. Isto é uma maneira de apresentar o streaming para aqueles que estão acostumados a consumir outro tipo de conteúdo. Além disso, durante as transmissões, existe a publicidade das séries da plataforma, o que ajuda, também, a incentivar o nosso público para o consumo dos produtos.

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