Um outro olhar sobre o Agreste Nordestino
16/10/2017 00:00
Marcelo Antonio Ferreira

Lançamento do livro Luar Insone Polvilhado de Outonos, do Vice-Reitor de Desenvolvimento, Sérgio Bruni, ocorreu durante o II Simpósio Internacional de Leitura e o VII Encontro Nacional da Cátedra Unesco de Leitura


Vice-Reitor de Desenvolvimento, Sérgio Bruni


O Vice-Reitor de Desenvolvimento, Sérgio Bruni, lançou no dia 9 o livro Luar Insone Polvilhado de Outonos, que foi distribuído gratuitamente. De acordo com Bruni, o livro traz um outro ponto de vista sobre o agreste nordestino. Bruni participou da mesa de abertura do II Simpósio Internacional de Leitura e do VII Encontro Nacional da Cátedra Unesco de Leitura. Durante o debate, Bruni ressaltou a importância de dois encontros como esses ocorrerem nesse momento do Brasil.

- A questão em pauta é quanto vale um Brasil que não lê. Quando olhamos para o quadro seja ele nacional, municipal ou estadual, observamos um desajuste que angustia todos, independentemente de coloração político partidária. São desses eventos que tiramos pequenas doses de otimismo que nos levam a frente. Sem utopia não podemos caminhar. Que possamos melhorar, e também oferecer a todos indistintamente uma educação de melhor qualidade, e que essa educação comece pela oferta de um livro mais democrático que possa chegar nos lares mais humildes. 

Simpósio

Abertura do Simpósio discutiu a importância da leitura para a formação intelectual

Entre os dias 9 e 11 de outubro, a PUC-Rio recebeu o II Simpósio Internacional de Leitura, que, nesta edição, realizou também o VII Encontro Nacional da Cátedra Unesco de Leitura. O tema em pauta foi Leitura, Desenvolvimento e Inclusão. Profissionais e pesquisadores da área da leitura apresentaram questões e propostas de como a literatura pode servir como instrumento de inclusão social redutor de desigualdade. O encontro foi organizado pelo Instituto Interdisciplinar de Leitura PUC-Rio (iiLer) e pela Cátedra Unesco de Leitura.

Um dos focos desta edição conjunta dos encontros é mostrar a importância da leitura como fator potencial e decisivo para o desenvolvimento brasileiro. O diretor do iiLer, professor Alessandro Rocha, afirmou que a única maneira de compor um cidadão de autonomia e consciente é com o incentivo à leitura.

- A leitura do texto, de mundo, de imagem. Estamos com duas perguntas colocadas: a primeira é quanto custa um Brasil que não lê? Para pensar as grandes perdas que sofremos em diversas áreas com a falta de uma leitura que transforma uma pessoa em cidadão. A segunda pergunta é quanto vale um Brasil que lê? Para pensar exatamente o reverso disto. O investimento necessário, o desenvolvimento de políticas públicas necessárias para termos um salto de qualidade em termos de cidadania. A inclusão não se dará por outra maneira se não a cidadania.

O encontro começou com uma apresentação do Grupo Vozes da Áfricas que, em uma mistura de teatro e música, narrou a história de uma princesa africana capturada por um navio negreiro. Em seguida, ocorreu uma mesa de abertura com o Vice-Reitor de desenvolvimento, Sérgio Bruni, e com os professores Érico Braga, Eliana Yunes e Alessandro Carvalho. Eliana ressaltou que, em tempos de crise, a leitura se faz ainda mais fundamental. 

- O momento que estamos vivendo agora é um ponto na linha. Teve muita gente antes que somou até que pudéssemos fazer um traçado. O caminho a diante está outra vez pontilhado. Precisamos juntar os pontos. Não existe nada mais fundamental para nós, nessa civilização, do que aprender a ler. A leitura nos possibilita ser pessoas que pensam e agem para fazer o mundo um lugar mais feliz.

O escritor argentino Mempo Giardinelli, presidente da Fundación Mempo Giardinelli, instituição argentina de fomento à leitura, também participou da abertura do simpósio. Para ele, a leitura na infância é imprescindível, e contou que tem um apresso especial pela literatura infantil-juvenil de Monteiro Lobato.

- Todas as minhas leituras me formaram e, talvez, também, me deformaram. Pois nunca pude abondar essas influencias, que delinearam meu estilo de escritor. Não sei se para bem ou para mal. 

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