Eleições Estudantis na PUC-Rio
28/11/2017 19:41
Helena Carmona e Lethicia Amâncio

Nos dias 29 e 30 de novembro, alunos decidirão quem representará o corpo discente em 2018

As Eleições Estudantis da PUC-Rio serão realizadas na quarta, 29, e quinta-feira, 30, das 9h às 20h para os cursos diurnos, e até às 22h para os cursos noturnos. Os alunos deverão apresentar qualquer documento com foto para votar. As eleições definirão as chapas responsáveis pela gestão do Diretório Central dos estudantes (DCE), da Associação de Pós-Graduação (APG) e dos Centros Acadêmicos de cada curso.

O assessor da Vice-Reitoria Comunitária Renato Callado, responsável pelas eleições na PUC-Rio, explica que a representatividade proporcionada pelos Diretórios e Centros Acadêmicos, eleitos a cada ano, é um canal direto com a gestão da Universidade.

— Existem demandas que só os alunos sabem. Por exemplo, uma aula que vocês gostariam que tivesse, um professor que está sendo mal avaliado. No caso de um congresso estudantil, uma obra na casinha, questões estruturais. Além disso, é o DCE que indica um aluno para participar do Conselho Universitário, que basicamente decide os rumos da Universidade. É necessária uma representação dentro desse órgão para que os alunos possam opinar.

Alunos também reconhecem a importância de ser ativo na vida política da Universidade. Aluna de Administração, Roberta Veloso ressalta a importância da representatividade que as chapas eleitas podem proporcionar às minorias na Universidade.

— É muito importante, principalmente se pensarmos nos coletivos aqui da faculdade. É difícil para estes coletivos, por exemplo, organizarem sozinhos palestras, eventos, porque não têm recursos, não têm muita voz. Com a ajuda do DCE fica mais fácil, e é por isso a importância de uma chapa que se alinhe com os pensamentos políticos dos alunos.

Apesar do reconhecimento da importância dos órgãos para a negociação entre corpo discente e Universidade, muitos alunos não estão familiarizados com as propostas das chapas concorrentes. Callado faz um paralelo entre o exercício político dentro e fora da PUC. Ele acredita que é uma questão de conscientização e que os alunos que se omitem do processo podem se sentir mal representados no futuro. Ele afirma a necessidade de se informar sobre as propostas de cada chapa e não votar por afinidade ou por amizade com os integrantes.

— Nas eleições externas, nós observamos pessoas frustradas que deixam de votar ou anulam o voto. Mas votar é escolher quem decide o rumo da cidade, quem faz nossas leis. Em um universo menor, vocês estarão escolhendo quem vai “brigar” por vocês, o que vocês quiserem levar de sugestão. São os seus representantes perante a Universidade.

Ele explica ainda que, há alguns anos, houve uma conversa com os responsáveis pela propaganda eleitoral das chapas por conta de excessos e desperdício de material que ocorriam. No entanto, ele considerou a baixa quantidade de propagandas, a uma semana da decisão, atípica.

Segundo a secretária Luciana Mattos, também da Vice-Reitoria Comunitária, há uma média de 3 mil votos por eleição. O número mínimo é de 20% mais um. Ela explica que, caso esse percentual não seja atingido, a chapa ainda é eleita, mas basta que 5% dos alunos contestem a eleição para que haja impugnação da chapa. 

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