Empreendedores com menos de 30
02/10/2015 16:48
Giulia Saletto e Julia Pimentel

Ex-alunos contam como é investir em empresa própria

O que pode parecer ousadia para alguns, para outros pode ser uma chance de trilhar novos rumos, seja por um sonho ou para agarrar uma oportunidade de negócio. Formados pela PUC, Maria Paula Autran, Luiz Quinderé e Eduardo Galvão investiram em projetos empreendedores. Com pouco tempo no mercado, os ex-alunos já são donos de um negócio e colhem frutos da empreitada. E, para isto, os três apostaram no ramo da alimentação.


Maria Paula Autran:

Maria Paula Autran, de 28 anos, se formou em Jornalismo na PUC-Rio e logo foi contratada como repórter na Folha de S. Paulo. Depois de quatro anos no jornal, ela decidiu mudar de rumo. Um ano sabático fez a jornalista descobrir um talento e amor pelos doces. Maria começou a fazer cookies de diferentes sabores em casa e distribuir entre amigos. Rapidamente, os biscoitos ficaram conhecidos. Maria Paula usou o Facebook e o Instagram para compartilhar e dar maior visibilidade às guloseimas.

– Tudo começou quando minha amiga deu um dos meus biscoitos para sua chefe provar, ela gostou e fez uma encomenda para o dia seguinte. A partir dai, o negócio começou a crescer e criei o nome Da Maria.

A produção e amor peloscookies levou Maria Paula a Paris se especializar na pâtisserie francesa na Escola de Culinária Francesa Ferrandi. Lá a jovem se apaixonou pela delicadeza e técnica dos doces franceses.

Hoje, Maria Paula é responsável por todo o processo, desde a criação dos doces até a entrega. Para o futuro, a ideia é se concentrar nas vendas pela internet, e ainda alimentar o sonho de abrir uma loja com os deliciosos biscoitos.

Ao longo do tempo, a chef incrementou o cardápio com novas técnicas como os biscoitos decorados, com desenhos e figuras, além de tortas francesas, bolos e lembranças para comemorações especiais.

 – Normalmente, faço quatro encomendas grandes por semana, como casamentos e batizados. Mas gosto de datas comemorativas como o Natal, quando me dedico muito, pois a encomenda é sempre maior e dá mais visibilidade. No Natal passado, trabalhei quatro dias seguidos quase sem dormir.


Eduardo Galvão e Bruno Coelho:

Com a intenção de explorar a onda fitness dos dias de hoje, dois jovens criaram uma empresa de fast-food de saladas. Marca elaborada pelo ex-aluno de Administração da PUC-Rio Eduardo Galvão e pelo colega Bruno Coelho, ambos de 23 anos, o Lévaê oferece refeições saudáveis e práticas para pessoas que desejam manter uma alimentação balanceada mesmo na correria do dia a dia. Para garantir a qualidade e a presença de todos os nutrientes necessários, os jovens empreendedores convidaram a nutricionista Ana Carolina Rodrigues, responsável por montar as combinações das saladas. O cardápio da marca tem quatro linhas: fit, funcional, light e vegetariana.

A ideia da dupla surgiu, segundo Eduardo, em uma viagem para os Estados Unidos. Por lá, a prática de refeições leves e rápidas já se tornou um hábito dos americanos. 

- Nós achamos a ideia muito legal e viável. Lá fora, na Europa e nos Estados Unidos, é uma tendência enorme. Alimentação rápida, prática e saudável é uma moda não só do Rio de Janeiro, mas do mundo – explica o ex-aluno da Universidade.

O Lévaê saladas é vendido em diversos pontos da cidade e ainda tem o serviço de delivery.


Luiz Quinderé:

Ex-aluno de Administração da PUC-Rio, Luiz Quinderé, de 25 anos, é um exemplo de jovem empreendedor. Ele começou a fabricar brownies quando tinha 15 anos, na casa dos pais, época em que era aluno do Colégio Teresiano CAP/ PUC. A produção, que antes era amadora e contava com a ajuda da empregada de Luiz, hoje tomou grandes proporções. O Brownie do Luiz agora é produzido em uma fábrica de 200 m² em Laranjeiras, no Rio de Janeiro. Por mês, são cerca de dez toneladas da sobremesa que é vendida em mais de 100 pontos pela cidade.

Só no ano de 2014, a empresa faturou cerca de R$ 2 milhões. Para Luiz, um grande desafio encontrado na trajetória de sucesso da empresa foi a burocracia sem fim do país.

– A principal dificuldade que eu tive no início foram as burocracias e a falta de incentivo do governo para um jovem empreendedor que quer investir em um negócio próprio, gerar empregos e tentar realizar um sonho.

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