Pesquisador: conflito africano exige ação transnacional
16/05/2016 11:20
.Gustavo Côrtes e Lucas Paes

Diretor da Secretaria de Música do Rio e criador da rede CulturaXchange apontam, em palestra na PUC-Rio, novos rumos do mercado musical

Tema do documentário O deserto do deserto (2016), exibido no recente Festival É Tudo Verdade, a dominação do povo saharauí pelos marroquinos enfrenta também a escuridão da mídia e da comunidade internacional. Há quatro décadas a história contada no longa dirigido pelo brasileiro Samir Abujamra e pelo espanhol Tito González Garcia tem passado ao largo até das discussões nas Nações Unidas, atrofiadas por interesses geopolíticos e econômicos. Longe dos holofotes, os saharauís buscam independência e espaço no Saara Ocidental, único território ainda colonizado da África. Sem o espocar bélico típico de disputas territoriais, a luta desdobra-se desde 1975, quando os colonizadores espanhóis transferiram o domínio para o Marrocos, em troca de uma espécie de sociedade na exploração do fosfato abundante. Parte dos nativos refugiou-se em assentamentos ao Sul da Argélia, cujos bastidores são retratados por Abujamra e González nos 86 minutos do filme. Outra parte migrou para a região cedida pelos espanhóis à Mauritânia, que reconheceu a autonomia dos saharauís. A liberdade relativa experimentada pelos 30 mil exilados, 10% do total, esbarra na aridez extrema deste pedaço de 90 mil quilômetros quadrados (daí o título do documentário: O deserto do deserto). Dez milhões de minas terrestres e um muro de 2.725 quilômetros os separa da área ocupada pelo Marrocos, outrora sob o domínio da Espanha por quase um século. O muro mais extenso do planeta, comparável só à antiga Muralha da China, revela-se particularmente constrangedor a um povo de tradição nômade. “O muro também exerce esta opressão simbólica, contra a cultura nômade. E pouco ou nada se fala sobre o conflito que se estabeleceu há 40 anos. Por isso, decidi dar visibilidade ao caso, que expõe problemas coloniais ainda vivos no mundo contemporâneo”, justifica Abujamra, em conversa com o Portal, no intervalo de uma das sessões cariocas do documentário coproduzido pelo Canal Brasil.

Arte: Mariana Salles

Apesar do cessar-fogo negociado em 1991, da longeva missão humanitária da ONU e das sucessivas promessas das Nações Unidas acerca do referendo pela independência daquele povo, os analistas e os próprios saharauís se mostram descrentes quanto à desocupação num curto prazo. “Sem resultados concretos, a intermediação da ONU tem sido improdutiva. Tem até favorecido a ocupação, na medida que permite a presença militar dos aliados ao Marrocos. Cresce, assim, a tendência de uma volta à luta armada”, avalia Mohamed Zrug, embaixador no Brasil da Frente Polisário, organização político-militar criada em 1973 para defender os interesses dos aproximadamente 270 mil saharauís que viviam no território ocupado. Eles dividem-se, desde meados dos anos 1970, entre a batalha por independência e a preservação dos costumes e tradições constantemente ameaçados pela presença estrangeira. Para o professor de Relações Internacionais da PUC-Rio Jacques d’Adesky, a resolução do conflito no Saara exige uma participação transnacional, ainda distante. Ao mesmo tempo em que nenhum país se posiciona abertamente favorável ao domínio marroquino, muitos se esquivam de reconhecer a autonomia dos saharauís. (Leia as entrevistas completas de Jacques d’Adesky e Mohamed Zrug no pé deste texto.)

A esquiva internacional, observam os analistas, não raramente é alimentada interesses políticos e econômicos, sobretudo os associados a acordos comerciais entre a Europa e o Marrocos. D’Adesky aponta, portanto, o risco de fragilização do já inconsiste apoio internacional à desocupação:

– O crescente estreitamento das relações entre o governo marroquino e a União Europeia, que resultou na tentativa de construir acordos comerciais em torno de bens agrícolas do Saara Ocidental, tende a dificultar ainda mais o caminho para a independência dos saharauís. Uma luta que se prolonga desde o século XIX – lembra o professor.

Na Conferência de Berlim, realizada entre 1884 e 1885, o território do Saara Ocidental passou à tutela da Espanha. Único povo árabe colonizado por espanhóis, os saharauís se diferenciaram culturalmente dos vizinhos, dominados pela França e outras potências europeias. Como a Espanha adiava sistematicamente a promessa de conceder independência ao Saara, crescia o desconforto entre os saharauís. Em 1973, eles fundaram a Frente Polisário na esperança de negociação com os espanhóis. Contudo, os colonizadores preferiram, por meio do Acordo de Madri, entregar o Saara a outros dois países da África: Mauritânia e Marrocos – com o qual combinaram uma fatia na extração de fosfato. A Mauritânia declinou da cessão e reconheceu a autonomia dos saharauís no tal pedaço extremo (o deserto do deserto).

Na área de 190 mil metros quadrados ocupada pelo Marrocos, o domínio deflagrou uma guerra que se estenderia de 1975 a 1991, até o cessar-fogo negociado intermediado pela ONU. Ao longo dos confrontos, milhares de saharauís refugiaram-se em acampamentos da Argélia, onde permanecem até hoje, impedidos de voltar à antiga casa. Buscam, como retrata do documentário de Abujamra e González, alternativas para reaver as famílias, rotinas, identidades e perspectivas de vida subtraídas pela guerra.

Reprodução: Youtube

Em 1976, a Frente Polisário proclamou a República Árabe Saharauí Democrática (RASD), uma estrutura estatal para sustentar a luta por independência. Outro resultado das batalhas foi a construção do muro pelos marroquinos. Separa a zona ocupada da que ainda podia ser habitada por indivíduos livres. Com 2.700 km de extensão, a maior muralha do mundo é rodeada por cerca de 10 milhões de minas terrestres, armadilhas para quem tenta romper os limites estabelecidos. Uma delas não poupou o carro que levava os diretores e demais integrantes da equipe d’O deserto do deserto. Por sorte, todos sobreviveram, e o incidente incorporou-se ao documentário.

Logo após o início do conflito, uma missão especial da ONU ao Saara Ocidental (Missão das Nações Unidas para o referendo no Saara Ocidental – Minurso) para firmar o referendo que determinaria a condição do território: independência ou manutenção do domínio marroquino. Batizada de Missão das Nações Unidas para o referendo no Saara Ocidental (Minurso), a comitiva jamais consumou tal meta. A consulta popular segue no campo retórico. Segundo a jornalista Laura Daudén, autora do livro Nem paz nem guerra: três décadas de conflito no Saara Ocidental, o fracasso da ONU decorre de uma série de fatores:

– A pressão da França, aliada histórica do Marrocos, e algumas imposições marroquinas que desgastaram o processo, como a exigência do uso do termo autonomia em vez de independência na votação, são alguns dos aspectos que dificultam o referendo.  

De maneira geral, D’Adesky considera insuficientes as ações tomadas pela ONU no Saara Ocidental, até porque a organização considera o local um “território não autônomo”. Logo, a participação das Nações Unidas não prevê, por exemplo, o combate violações aos direitos humanos. A limitação formal significa que, mesmo diante de cenas de violência, as tropas das Nações Unidas não podem interceder. Mas a visita do secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, nos assentamentos de refugiados na Argélia, em março deste ano, acendeu uma esperança nos saharauís. Pela primeira vez, um alto funcionário da organização qualificou como “ocupação” a presença marroquina no Saara Ocidental. A resposta do governo monárquico do Marrocos foi imediata: obrigou a retirada das tropas da Minurso. Para analistas, a manobra aumenta a chance de retorno da luta armada.

Em entrevista ao Portal PUC Rio-Digital, Samir Abujamra conta os desafios, transtornos e curiosidades vividos ao longo das gravações do documentário. Ele também detalha a visão de quem conviveu intensamente com a realidade do povo saharauí.

Arquivo pessoal

Portal: Como foi a experiência de conviver com as angústias dos saharauís, durante as gravações do filme,?

Samir Abujamra: A estada no Saara Ocidental foi uma experiência única. Qualquer pessoa que vê o dia a dia dos saharauís fica impressionada. Eles vivem constantemente sob condições extremas. Tentam levar uma vida normal, mas dependem de assistência externa para conseguirem seguir seus caminhos.  Apesar de tudo, são abertos aos estrangeiros, pois percebem neles canais de comunicação com o restante do mundo e, por isso, possíveis agentes de mudanças.

Portal: O deserto do deserto trata de um tema pouco tratado, seja em discussões internacionais ou no circuito da grande mídia. Como surgiu o interesse pelo assunto e a decisão de montar um documentário para retratá-lo?

Samir: Além de diretor, sou também ator. Em 2013, participei de um filme em Paris, e a produção não conseguiu um espaço para eu ficar na cidade. Foi aí que o Tito González (codiretor do documentário) entrou na minha vida: fiquei hospedado na casa dele. Tito me mostrou materiais coletados em viagens anteriores que fizera ao Saara Ocidental. A história me encantou e perguntei se podíamos trabalhá-la num documentário. Ele topou, mas havia a dificuldade financeira. Antes do voo de volta ao Brasil, resolvi postar em uma rede social a seguinte pergunta: “Alguém aí tem R$ 30 mil para investir num documentário internacional?”. Quando cheguei à minha casa, vi que algumas pessoas tinham topado a empreitada, mesmo sem saber especificamente qual o projeto.

Portal: Na incursão pelo Saara, o carro que transportava a equipe foi explodido por uma mina. O incidente, ao qual vocês milagrosamente sobreviveram, acabou inserido no filme. Que outras dificuldades foram enfrentadas durante as filmagens?

Samir: As principais dificuldades foram de ordem natural, até porque viajamos dias e dias pelo deserto. Dormíamos ao relento, estávamos submetidos às bruscas variações de temperatura, sem conforto, comida de qualidade, tampouco água em abundância. Eu me senti numa guerra. Além disso, não podíamos ultrapassar os limites do muro. Tínhamos de lidar com a ameaça das minas e do exército marroquino, que vigia a divisão dos territórios. De qualquer forma, não queríamos falar com os marroquinos. Nosso foco era o povo saharauí.

Portal: Quais os pontos mais sensíveis do conflito abordados no documentário?

Samir: O mais absurdo é a estagnação do conflito, o fato de ele ficar esquecido por tanto tempo. Até o mais desinformado dos indivíduos conhece, por exemplo, o conflito entre Israel e Palestina. Nem mesmo a ONU pode se envolver no Saara Ocidental. A participação das Nações Unidas é reduzida. Isso interessa às grandes potências, principalmente à França, aliada histórica do Marrocos. Podemos estabelecer um paralelo entre a situação do Saara e a vida de Nelson Mandela: ele ficou preso por mais de 20 anos, mas sua condição só se tornou conhecida pela opinião pública depois de muito tempo. As pressões se multiplicaram, resultaram na libertação e ascensão de Mandela à presidência da África do Sul. Espero que o resultado final também seja bom para os saharauís.

Portal: A falta de participação mais efetiva da ONU é apontada por especialistas como uma das causas da perpetuação do embate no Saara Ocidental. De que forma você avalia o peso da ONU para mediar, remediar e resolver o conflito?

Samir: A ONU faz trabalhos, resoluções, mas funciona apenas para remediar a proliferação de problemas, sem apresentar soluções. A verdade é que os agentes políticos envolvidos no assunto não se importam com nada que a ONU faça. Não se pode dizer que a organização é decorativa, mas sim desrespeitada. Por isso, a participação é restrita, atendo-se só a coisas básicas, como levar água, vacina e alimentos. Na minha opinião, a França contribui para a demora no combate direto aos problemas da região, vetando qualquer proposta no Conselho de Segurança que tente aumentar o poderio de ação da ONU na região.

Carolina Ernst

Portal: Fora o papel separatistas inerente aos muros, qual a carga simbólica deste que se revela o mais extenso muro do planeta, com 2.700 quilômetros, plantado pelos marroquinos no Saara Ocidental?

Samir: O muro tem alguns componentes simbólicos muito fortes. Em primeiro lugar, é preciso ressaltar o fato de o deserto do Saara ser uma força mística para todos nós. Depois, devemos também pensar na importância da água. E, por fim, na representatividade da figura do camelo, tantas vezes mostrado no documentário. O muro é a antítese disso tudo. Os saharauís são conhecidos como “filhos das nuvens”, pois vivem como nômades, atrás de locais chuvosos para sobreviverem. O muro impede o deslocamento, gera confinamento. Além disso, reduz o acesso do povo ao Mar Mediterrâneo. E as minas que circundam a muralha são sinônimo de morte para pessoas e animais. O muro é, portanto, uma barreira intransponível, nos múltiplos sentidos que a expressão pode sugerir.

Também em entrevista ao Portal, o embaixador da Frente Polisário no Brasil, Mohamed Zrug, elucidou alguns pontos importantes sobre esta história do Saara Ocidental. Em certas apreciações, afloram sentimentos de quem vê o território – ou o lar – ocupado por forças estrangeiras.

Carolina Ernst

Portal: Como saharauí, qual a sua avaliação sobre a importância de O deserto do deserto?

Mohamed Zrug: Este documentário é o primeiro longa-metragem feito no Brasil sobre a situação do Saara Ocidental. Expressa a realidade do que se vive hoje na região. Quanto ao significado cinematográfico, vejo o filme como um grito de auxílio, de justiça, para um povo que há 40 anos luta pacificamente pelo direito inalienável de independência.

Portal: Quais os pontos mais sensíveis em que o documentário toca?

Mohamed: Primeiro, a situação humanitária dos refugiados, o dia a dia daqueles resistentes. Depois, a realidade dos jovens nascidos e crescidos nos campos de refugiados, como veem a realidade e a impotência para pegar em armas. Há também o tema das minas: os documentaristas foram vítimas desta realidade, pois o carro da equipe explodiu ao passar por cima de uma delas. Eles experimentaram, por algumas semanas, o que tem vivido o povo saharauí nos últimos 40 anos.

Portal: De que forma os saharauís, mesmo separados, tentam preservar os costumes, a cultura, as famílias, os laços afetivos, a identidade?

Mohamed: A preservação é um grande desafio, porque a cultura foi um dos primeiros pontos atacados pelo Marrocos. Destruir a identidade e os símbolos que diferenciam a sociedade saharauí da marroquina foi uma estratégia para diminuir a resistência. Não falamos a mesma língua, não vestimos as mesmas roupas, não temos os mesmos gostos culinários e praticamos uma religião muito diferente da praticada pelos marroquinos. E falamos espanhol, enquanto os países vizinhos falam francês. Por toda esta singularidade, é essencial os saharauís conservarem sua identidade, sua cultura.

Portal: O muro construído pelo Marrocos para separar a área ocupada da zona livre tornou-se símbolo do conflito no Saara Ocidental. A muralha contribuiu para a separação de famílias e para a restrição do direito de ir e vir dos saharauís. Apesar destas restrições, os saharauís tentam transitar entre uma região e outra?

Mohamed: É difícil, porque a muralha, com três quilômetros largura e 2.725 km de comprimento, fica protegida pelo exército marroquino. A cada trecho de cinco quilômetros, há uma base militar, além dos radares e alambradas. Não dá para romper a barreira. Famílias estão separadas pelo muro há 35 anos. Ele não só dividiu famílias, como interrompeu a vida de uma sociedade nômade, que ia com liberdade de um ponto a outro. Um modo de vida típico do Saara foi, portanto, destruído.

Portal: O senhor representa a Frente Polisário no Brasil. Como atua esta organização?

Mohamed: A Frente Polisário é um movimento de libertação que consiste no único modo legítimo de representação dos saharauís. Também é responsável por governar a República Saharauí. Construímos, na parte liberada do território, um projeto de Estado, reconhecido por mais de 80 países no mundo e integrante da União Africana. A Frente Polisário tem, portanto, um poder político interno, um valor militar, mas também um valor social para a educação das novas gerações. Buscamos garantir a educação e trabalhar pelos direitos das mulheres, fator que diferencia a nossa sociedade de outros grupos árabes e mulçumanos. O papel que cabe à mulher saharauí, os níveis de liberdade dela não existem em nenhum outro país da região. Isso é algo que tentamos conservar.

Carolina Ernst

Portal: A República Saharauí recebe o apoio de mais de 30 países. A que o senhor atribui a ausência do Brasil como signatário desta lista?

Mohamed: Esta é uma pergunta que gostaria de fazer ao Itamaraty. Até agora não entendi a razão. O lugar que o Brasil ocupa no mundo não justifica isso. A história do Brasil não justifica isso. O consenso das forças políticas brasileiras não justifica isso. A Câmara dos Deputados pediu no ano passado, por unanimidade, ao governo o reconhecimento da República Saharauí. O Senado, no dia 18 de fevereiro, também. Não entendo, mas tenho suspeitas. Minhas suspeitas são as influências marroquinas e sauditas sobre o Brasil.

Portal: Influências econômicas?

Mohamed: Econômicas, geopolíticas, mas sempre esporádicas. Não há uma visão de longo prazo. São cálculos aritméticos mais do que uma leitura política. O Brasil precisa olhar com respeito o tema para construir uma leitura além da simples conta de ganhar e perder. O povo saharauí está há muitos anos lutando. Quando os povos estão decididos a conquistar a independência, isso se torna um feito histórico irreversível. Foi assim em Angola, em Moçambique, no Timor Leste. Há duas possibilidades: ir com a História ou ir contra ela. Creio que, cedo ou tarde, o Brasil fará a escolha certa.

Portal: A ONU está no Saara Ocidental desde 1975, mas não pode, por exemplo, intervir pelos direitos humanos, pois esta cláusula não consta no acordo de participação do órgão no conflito. Na sua avaliação, que caminhos podem tornar mais profícua a mediação das Nações Unidas?

Mohamed: A intervenção da ONU é vergonhosa. A ONU, inicialmente, estava lá com uma missão para organizar o referendo que definiria o destino do Saara Ocidental (Missão das Nações Unidas para o referendo no Saara Ocidental – Minurso). Esse referendo até hoje não saiu do papel. Além disso, é a única missão das Nações Unidas no mundo que não tem permissão para proteger os direitos humanos. Então, quando saharauís são torturados nas delegacias ou desaparecem, ela simplesmente não pode intervir.  Os oficiais que lá estão (dentre os quais, dez brasileiros) ficam nos quartéis e o Marrocos não permite a saída de nenhum deles. É uma missão refém do Marrocos. Para a maioria dos saharauís, a ONU acaba servindo como instrumento de proteção da ocupação marroquina e da exploração dos recursos do Saara Ocidental. Para piorar, o momento é crítico: há duas semanas, o Marrocos expulsou metade da Minurso. E agora, nós, como Frente Polisário, estamos aguardando a resposta das Nações Unidas.

Portal: Vocês esperam que a ONU intensifique a participação?

Mohamed: Temos muito pouca fé nisso. Acreditamos mais na volta à guerra do que numa ação efetiva das Nações Unidas.

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