Com o tema Políticas Públicas, a II Semana de Direitos Humanos teve início na segunda-feira, 27. Para dar início ao encontro, foram chamados o Monsenhor Manuel Manangão, Vigário Episcopal para a Caridade Social, professor Miguel Jost, do Departamento de Letras, Gilda Carvalho, Diretora da Cátedra Unesco de Leitura, Andréa Paiva, Assessora do gabinete da Vice-Reitoria para Assuntos Comunitários. O coordenador da Pastoral Universitária, padre José Abel de Souza, S.J., abriu a Semana e ressaltou que ela busca difundir um diálogo disciplinar.
Monsenhor Manuel Manangão destacou como o poder público é constituído e explicou que as políticas públicas oferecem soluções exclusivas para a sociedade. Ele assinalou que, para cumprir bem o seu papel, os governantes devem organizar a forma de implementar essas políticas públicas para, assim, encontrar caminhos ideais para executar serviços que possam ser oferecidos .
– O papel fundamental instituído nesta área tem uma estrutura político-administrativa dividida em três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário. Para isso, existe um ciclo da elaboração de políticas públicas: primeiro, deve ser feito a identificação do problema, depois, a formulação e a tomada de decisões. Por último, a implementação e a avaliação do processo. Isso ajuda na organização e nas soluções dos obstáculos. – assinalou.
O professor Miguel Jost observou que não se deve tirar das políticas públicas o objetivo de igualdade social. Jost afirmou que o direito de um cidadão não deve ser negado, e apontou para o fato de que o mundo atual vivencia uma meritocracia contrária, com uma visão mais egoísta. Apesar desses fatores, o professor relatou que acompanha um processo de transformação da PUC durante 20 anos e percebe uma nova perspectiva e mudanças no ambiente universitário.
– Não são apenas prestações de serviços, o Brasil realmente passa por uma restauração histórica. A Marielle é um exemplo disso. Por causa dela, os valores de justiça brasileiros aumentaram, e houve uma maior interpretação dos direitos políticos. A PUC-Rio também teve uma modificação em relação aos direitos humanos. A Pastoral e a Vice-Reitoria Comunitária abriram portas para outros tipos de público, o que possibilitou uma maior diversidade na Universidade.
Andréa Paiva explicou o convênio da Arquidiocese do Rio de Janeiro com a PUC-Rio. A assessora esclareceu que o objetivo foi criar um programa interdisciplinar de extensão universitária, de caráter comunitário. Ela também citou a Universidade-Comunidade, o projeto UNICOM, um programa interdisciplinar de sustentabilidade humana, social e ambiental.
– O programa comunitário é uma forma que encontramos para uma maior inclusão social. Podemos desconstruir a violência para reconstruir a paz.