Bate-papo com Maria
02/04/2019 18:12
Núbia Trajano

A jornalista do Globonews Maria Beltrão participa de conversa com alunos de Comunicação Social

Maria Beltrão em um bate-papo com os estudantes da PUC-Rio. Foto: Maloni Cuerci

A jornalista e apresentadora do Globonews Maria Beltrão participou de um bate-papo com os estudantes de Comunicação Social da PUC-Rio, no dia 29 de março. Diante de uma sala lotada, Maria contou um pouco da trajetória profissional e também das inúmeras histórias que vivenciou nos dez anos que está à frente do Estúdio i.

Filha da arqueóloga Maria da Conceição Coutinho Beltrão e do ex-ministro Hélio Beltrão, a jornalista fez um ano e meio de economia na PUC-RIO e contou que só escolheu esse curso por ser boa em exatas. Mas ao constatar que “detestava” as aulas, decidiu arriscar na área jornalística. Hoje, Maria acredita que lançou uma “semente diferente” a partir do jornalismo informal.

Apesar de ter uma carreira bem sucedida, Maria disse que considera difícil a vida de jornalista. Ela observou que é preciso ter equilíbrio, buscar a interatividade, mas sem perder a seriedade. Por outro lado, analisou o comportamento das pessoas hoje diante das notícias. Para ela, as pessoas não sabem dialogar, discutem e consideram a própria opinião “verdade universal”.

- Que coisa virou a minha vida, que difícil. Está muito difícil fazer jornalismo, as pessoas estão muito nervosas. Não tem diálogo, só discussão, as pessoas brigam com a família. A minha bolha é toda torta, tem de tudo, ainda bem.

Ao sair um pouco da pauta Globonews, a apresentadora abordou episódios de sua trajetória além da atuação no Estúdio i, como a narração dos desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro e comentários durante a transmissão do Oscar.

- No Oscar, ver todos os filmes possíveis e imagináveis é a parte fácil, a parte mais complicada começa um mês antes. É pegar pílulas de informação, fazer pesquisa sobre tudo. O difícil mesmo é a informação, não a opinião do filme. E desfile de escolas de samba é um barato. É quando mostro uma outra faceta minha: de espontaneidade e sorriso. Quando é ao vivo, já estou no modo alerta.

Alunos atentos na conversa com Maria Beltrão. Foto: Maloni Cuerci

A jornalista lembrou ainda da cobertura da morte da princesa Diana. Após um ano de estreia do Globonews, Maria viajou de férias para Londres e, durante a viagem, recebeu a notícia da morte da princesa. Apesar do inesperado, ela já morou em Londres e tinha uma familiaridade com aquela cultura, o que ajudou na transmissão ao vivo.

- Eu estava passando por uma banca de jornal e li “Lady Di morreu”, cheguei ao hotel e comecei a receber fax da Globo. Eu tinha chegado há três dias, e foi o fim das férias. A emissora alugou uma câmera, da Reuters, para eu trabalhar na cobertura. Na hora do funeral, eu tinha entre cinco e dez minutos para a transmissão e não podia errar. Só que recebi o comando no momento em que Elton John estava cantando, todo mundo em silêncio, luto máximo. E eu lá, transmitindo a notícia ao vivo.

Já no final da palestra, Maria se emocionou ao relembrar dos dois casos que a fizeram chorar ao vivo: a morte dos jornalistas Ricardo Boechat e Sandra Moreyra. Segundo ela, situações como essa também são alguns desafios da profissão.  

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