Aprender sobre o mundo e descobrir o que é possível fazer de diferente
14/08/2019 17:56
Ana Carolina Moraes, Clara Martins, Gustavo Magalhães, Juan Pablo Rey, Letícia Messias, Nathalie Georges, Paula Veiga e Tatiana Abreu

No Meu Primeiro Dia na PUC, professores apresentam a Universidade para os calouros de 2019.2

Calouros da Biologia no Meu Primeiro Dia na PUC. Foto: Amanda Dutra

A PUC-Rio organizou na última segunda-feira, 12, o Meu Primeiro Dia na PUC. Os departamentos e veteranos apresentaram aos calouros a grade curricular e os objetivos dos cursos. A programação incluiu palestras, atividades e visitas guiadas pelo campus da Universidade, além de uma missa de acolhida na Igreja do Sagrado Coração de Jesus, no campus da Universidade. O objetivo é promover aos novos alunos uma visão ampliada da PUC-Rio e integrá-los ao ambiente universitário.

Na recepção de calouros de Direito, o diretor do departamento, professor Francisco Guimarães, iniciou o discurso com as boas-vindas aos novos alunos e com uma breve apresentação do curso. Guimarães ressaltou a aposta interdisciplinar que a Universidade propõe e a importância da responsabilidade do aluno durante a sua trajetória na instituição.

- Peço que vocês construam e conquistem autonomia durante o curso. Para nós, independentemente da idade que vocês tenham, todo aluno é visto como um cidadão pleno que pode responder por suas obrigações dentro da Universidade.

Alunos de Direito durante apresentação do professor Francisco Guimarães. Foto: Amanda Dutra

Durante o encontro, calouros de diversas origens, lugares e faixas etárias passaram pelo campus da Gávea. Marcelo de Carvalho, de 51 anos, é um exemplo disso. Formado pela UERJ em Ciências Sociais, o estudante fez graduação em licenciatura e concurso para a Secretaria de Estado e Educação, mas, para ele, ainda faltavam muitos elementos pedagógicos quando ministrava as aulas. Pai de cinco filhos e avô de quatro netos, o futuro pedagogo abordou a importância da educação e do curso escolhido.

– Na pedagogia você consegue mecanismos para de fato trabalhar a educação. O curso de Ciências Sociais, mesmo na licenciatura, não oferece uma base mais sustentável para essa área, senti a necessidade de mais e, por isso, decidi cursar Pedagogia. Eu sempre quis estudar na PUC e, graças ao ProUni, foi uma oportunidade incrível que tive.

Marcelo de Carvalho, calouro de Pedagogia. Foto: Catarina Kreischer

No primeiro dia, os calouros de Design se reuniram no prédio do Departamento de Artes & Design e fizeram um tour com os veteranos pelo campus. Eles conheceram os laboratórios do curso, os pilotis dos edifícios Cardeal Leme e da Amizade, o RDC e retornaram para o ponto de encontro. Lá, os professores se apresentaram e fizeram uma dinâmica com os estudantes.

A caloura Karina Machado, de 18 anos, revelou que entrou na Universidade com uma expectativa grande para o semestre. Moradora de Pilares, a estudante comentou que a distância não será um problema. De acordo com ela, o grupo Rio PUC Games foi uma das maiores influências para ingressar na PUC-Rio e cursar Design. Karina se associou ao grupo de RPG antes mesmo de começarem as aulas.

– Eu me interesso muito por RPG e, quando eu soube da existência do grupo na Universidade, gerou o meu maior foco. Já tinha um amigo aqui dentro, ele me falou sobre esse projeto, fiz o processo seletivo e passei. Fiquei muito feliz por participar disso. Mesmo morando longe, não acho que isso vai afetar o meu desempenho. Acredito que seja uma maior motivação para prosseguir.

Calouros de Design participam de dinâmica no DAD. Foto: Amanda Dutra

No Edifício Beta, também chamado de Instituto Imaginário (IMA), foi realizada a recepção dos calouros do curso de Arquitetura. Na ocasião, estavam presentes o Diretor do Departamento de Arquitetura, professor Otávio Leonídio, o coordenador do curso, professor Cadu Spencer e outros professores do departamento. Leonídio contou sobre a história da área de arquitetura e como funciona a estrutura da Universidade.

Com um curso de Design de Interiores no currículo, Victor Pamplona, de 22 anos, disse que busca no curso de Arquitetura da PUC-Rio melhorar os conhecimentos na área, expandir a visão de mercado e adquirir novas experiências profissionais. Ele comentou que o objetivo na Universidade é se tornar um profissional mais completo para assim tentar uma melhor colocação no mercado de trabalho. Pamplona estudou no Colégio Catarinense, no Estado de Santa Catarina, e se mudou com a família para o Rio de Janeiro há quatro anos.

- Foi difícil vir para o Rio com a família e deixar os amigos, os lugares que eu conhecia e gostava. Mas a mudança tem sido muito produtiva e rica para meus desejos profissionais. Há alguns anos eu terminei o Ensino Médio, fiquei muito ansioso para saber o resultado do vestibular da PUC. Fiquei feliz quando chegou uma ótima notícia, que eu tinha passado.

Professores de Arquitetura apresentam a estrutura do curso para os calouros. Foto: Gabriela Azevedo

O corpo docente de Ciências Biológicas debateu a disparidade entre o ensino colegial e o universitário, e os diferentes métodos de estudos a serem adotados na futura etapa. Os professores também destacaram a prática da sustentabilidade como um fator necessário para o desenvolvimento do curso, além das diversas atividades ecológicas realizadas nas áreas internas e externas do campus.

Na recepção para os alunos de Comunicação Social, a Coordenadora de Graduação, professora Tatiana Siciliano, ressaltou a possibilidade de se formar uma rede de contatos na Universidade que pode ser útil no futuro, durante a vida profissional do aluno. Diante desta possibilidade, a estudante Mariana Maria Abrantes Brandão comentou que acredita que a PUC-Rio pode ser uma ponte para oportunidades de emprego. Segundo ela, este foi um dos motivos pelos quais escolheu mudar para a Universidade depois de ter cursado três anos de química na UFRJ.

- Na verdade, eu sempre quis cinema. Eu me apeguei a ideia de que era só um hobby, que não ia me dar trabalho, e fui para a área de exatas, que também gostava. Um dia, percebi que queria mesmo trabalhar com cinema. Demorei para acordar, mas saí do curso de química, e agora estou muito mais feliz e motivada, o que é muito importante na faculdade.

Diretor do Departamento de Comunicação Social, professor Leonel Aguiar, fala sobre a graduação para os alunos. Foto: Amanda Dutra

Bernardo Beiriz será mais um rosto novo que vai circular pelas salas do curso de Relações Internacionais. O calouro conheceu a Universidade quando participou do PUC por Um Semestre de Ciências da Computação, e veio da Escola Parque, na Barra da Tijuca. Beiriz cursou um período de Ciências da Computação na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e depois dois de Engenharia de Bio Produções.

- No meu primeiro e segundo ano do Ensino Médio, participava de simulação diplomática, assim conheci o MIRIN. Eu gostei, a simulação teve um tempo bom, aprendi um pouco mais sobre a negociação, pesquisar bastante da história, ter argumentos para embasar as ideias. Espero aprender um pouco mais sobre o mundo, qual o nosso papel aqui e o que podemos fazer de diferente.

Calouros de Relações Internacionais. Foto: Amanda Dutra

A missa de recepção foi celebrada pelo reitor da igreja, padre Alexandre Paciolli, pelo coordenador da Pastoral Universitária, padre José Abel de Souza, S.J, e pelo padre Paul Schweitzer, S.J., professor emérito do Departamento de Matemática. A cerimônia teve participação do Coral Alegria, com jovens das comunidades da Rocinha, do Parque da Cidade e de Vila Canoas.

 Na homilia, padre Alexandre ressaltou a importância de buscar não apenas uma excelência acadêmica, mas uma excelência humana. Segundo ele, a formação de um mundo mais justo é o objetivo principal, e convidou os alunos a construir esta transformação.  

 – Vocês estão recém-chegados a uma Universidade onde terão conhecimentos acadêmicos, e saber é poder. Mas o poder do saber tem que estar implicado ao servir. Servir à sociedade, com valores humanos. Valores para a promoção da dignidade humana. Por isso, nós vamos ajudar vocês. Estamos aqui para convidar vocês a ter um projeto de vida.

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