Momento especial na vida acadêmica
24/09/2019 18:05
Juan Pablo Rey

Trabalhos de destaque de iniciação científica são premiados pela Universidade

A aluna Milena Seraphim no banco de concreto produzido em parceria com a estudante Mariana Pires Curti. Foto: Amanda Dutra

A cerimônia de encerramento do XXVII Seminário de IC/IT da PUC-Rio premiou alunos que se destacaram com seus projetos de iniciação científica. A solenidade, realizada no dia 30 de agosto na Pastoral da Igreja do Sagrado Coração de Jesus, condecorou oito trabalhos de diferentes áreas de atuação da Universidade. Nove estudos também produzidos por alunos de graduação receberam menção honrosa na ocasião.

As categorias de premiação foram: Destaque Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC), Destaque Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI) e Destaque Iniciação Científica (IC). Coordenador do PIBIC na PUC-Rio, professor Sinésio Pesco, do Departamento de Matemática, destacou o empenho e interesse dos alunos durante o período de desenvolvimento dos trabalhos e ressaltou a importância da IC na formação dos jovens pesquisadores.

- Todos nós da área de pesquisa nos recordamos do primeiro orientador e do primeiro trabalho, então é um momento muito especial. O que sempre observo nesta semana do PIBIC é o envolvimento dos alunos. Eles trabalham, gostam do que fazem, e se envolvem com o departamento, cada um dentro da sua área, da sua expertise. Este é certamente um dos pontos importantes que a iniciação científica promovida aqui na PUC traz.

Lucia Helena Sousa, de 22 anos, foi premiada na categoria Destaque IC. O tema do trabalho da estudante é Contaminação por metais tóxicos utilizando como bioindicador a espécie Brillantaisia lamium em unidades de conservação presentes no Rio de Janeiro. Embora seja aluna de biologia, a jovem ganhou o prêmio pelo Centro Técnico Científico (CTC), já que o estudo desenvolvido tem uma ligação com a química, bem como sua orientadora, professora Adriana Gioda, do Departamento de Química.

- Meu trabalho se baseou em observar e quantificar os metais presentes em áreas de conservação, no caso a Reserva Particular do Patrimônio Nacional Boa Esperança, unidade da PUC-Rio, em Nova Iguaçu, e no Parque da Cidade. A partir disso, utilizei como organismo bioindicador a espécie Brilliantaisia lamium para quantificar esses metais e observar se ela sofre estresse, se consegue desintoxicar esses metais de uma forma eficiente – afirmou

Lucia Helena Sousa ganhou o prêmio na categoria Destaque IC. Imagem: TV PUC

Segundo a estudante, o objetivo final do estudo é divulgar uma cartilha educacional em unidades de conservação para, além de atrair o público, gerar um sentimento de pertencimento e de cuidado com aquele ambiente. Lucia, que desenvolve o trabalho há um ano e seis meses, contou que se sentiu honrada ao ser chamada ao palco, principalmente por ter ganho o prêmio em um Centro diferente da área em que atua. 

Outro trabalho premiado foi Matéria e forma: experimentação com formas flexíveis no concreto; Possibilidades de aplicação no espaço habitado, desenvolvido pelas alunas Milena Seraphim e Mariana Pires Curti, do Centro de Teologia e Ciências Humanas (CTCH). Orientado pelo professor Fernando Espósito Galarce, do Departamento de Arquitetura e Urbanismo, o prêmio foi concedido na categoria Destaque PIBITI.

- Uma das questões era falar sobre esse campo da obra que está cada vez mais afastado da profissão do arquiteto. Escolhemos para trabalhar a matéria mais utilizada na área da engenharia e da arquitetura no Brasil atualmente, o concreto. A ideia da pesquisa é pegar um material considerado duro e trazer de volta uma maleabilidade para ele. Em sua natureza, é um material líquido, uma mistura de cimento, areia, água e brita. Ou seja, ele é líquido e recebe a forma da superfície que for despejado. Uma vez que fazemos formas flexíveis de tecido, ele fica mais maleável – explicou Milena que fabricou um banco a partir desta técnica.

Lucas Leal Câmara recebeu menção honrosa durante a cerimônia. Foto: Gabriela Azevedo

O estudo de Lucas Leal Câmara, do Centro de Ciências Biológicas e de Saúde (CCBS), também foi reconhecido e recebeu menção honrosa durante o encontro. Com o tema A fenodinâmica de Bignoniaceae na arborização da cidade do Rio de Janeiro, orientado pela professora Jakeline Prata de Assis Pires, do Departamento de Biologia, o estudante de 21 anos disse que gostaria de ver outras pesquisas sobre o assunto no Estado do Rio, que ele qualificou como um cenário rico para observações dessa natureza.

- A fenologia estuda especificamente os ciclos biológicos que são repetitivos e importantes para a vida daquele ser vivo. Com a planta, por exemplo, é floração, frutificação, e tudo que está relacionado com coisas que se repetem. Utilizamos a própria arborização urbana para ver se a Bignoneaceae, família dos ipês, está florescendo. Todo mês vou em campo, pela cidade, e coleto dados de floração, frutificação, porcentagem de queda e brotamento de folhagem, para, depois, fazer uma comparação com trabalhos já existentes para saber se a cidade está influenciando ou não nos ciclos biológicos desses organismos.

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