Equipe brasileira leva o trófeu Best In Show
30/05/2014 15:23
Mariana Sales/ Foto: Divulgação

RioBotz conquista medalha de ouro com o Touro Maximus

A equipe RioBotz comemora a conquista no campeonato internacional
Em 36 anos de competições nos Estados Unidos, pela primeira vez um robô não americano ganha medalha de ouro na principal categoria da Stem Tech Olympiad 2014. O primeiro lugar ficou com a equipe universitária de robótica mais premiada do Brasil, a RioBotz/PUC-Rio, estreante na competição. Eles ainda ganharam as medalhas em outras duas categorias, uma de prata e uma de bronze. O evento reuniu os robôs da Battlebots e RoboGames, as duas competições americanas mais famosas, entre os dias 4 e 6 de maio, em Miami, nos Estados Unidos.

A Olimpíada é uma batalha entre robôs, na qual são avaliadas a resistência e durabilidade do projeto. Com o robô Touro Maximus, de 100 quilos, além da medalha de ouro, a equipe levou para casa o inédito troféu Best in Show, que premia o melhor robô do campeonato. O coordenador da equipe, professor Marco Antonio Meggiolaro, do Departamento de Engenharia Mecânica, contou que até a equipe concorrente reconheceu a perda da luta por pontos.

– Estávamos com a esperança de que os juízes ficassem ao nosso favor, porque realmente a luta foi melhor para o nosso lado. Todo mundo ficou emocionado, pois o último combate foi bastante acirrado.

Na categoria fleaweight, o robô Pocket, de 150 gramas, empatou com dois robôs em primeiro lugar. No confronto de desempate, Pocket ficou com a prata. Um dos favoritos da competição, o robô Touro, de 55 quilos, competiu na categoria middleweight, mas por problemas no motor elétrico, levou bronze. Para Marco Antonio, a equipe quis inovar.

– Perdemos porque o tambor rotatório, que fica em frente do robô, parou de funcionar e não tinha sido totalmente testado. Uma coisa é testar em laboratórios, outra coisa é testar lá na competição, contra um robô tão bom quanto o seu. Se o tambor estivesse funcionando, nós teríamos dez chances de dar nocaute.

Formado por 25 alunos dos cursos das Engenharias de Controle e Automação, Mecânica e Elétrica, a RioBotz vai participar, em julho, da 10ª Winter Challenge, em São Caetano do Sul, São Paulo. Para a principal competição brasileira, Marco Antonio espera que o robô Touro esteja melhor para receber mais medalhas.

Touro Maximus em atuação na arena de luta aplicando um golpe que faz o robô adversário sair do caminho

RioBotz: 11 anos de histórias e sucessos

Formada em janeiro de 2003, a RioBotz é a equipe mais premiada do país. Ela projeta e constrói robôs de competições. Os integrantes também adquirem conhecimentos em áreas como mecânica, eletrônica, computação, publicidade, marketing, design e captação de recursos. Apesar do foco ser a construção de robôs de combate, a RioBotz utiliza tecnologias que são aplicadas nas indústrias de energia, petróleo e médica.

 Atualmente, o grupo é formado pelos alunos dos Departamentos de Engenharia de Controle e Automação, Mecânica e Elétrica. De acordo com o coordenador da equipe, professor Marco Antonio Meggiolaro, do Departamento de Engenharia Mecânica, participar da equipe é importante para o desenvolvimento dos estudantes.

 – O aprendizado adquirido não tem preço. Eles complementam toda essa base teórica acadêmica das aulas com os conhecimentos práticos e com tecnologia de ponta, porque nessas competições eles estão concorrendo com equipe internacionais.

 Em 11 anos de batalhas, a equipe já conquistou 104 medalhas, entre elas, 35 títulos em campeonatos nacionais e 21 medalhas de ouro em competições internacionais. Outras 48 medalhas são a soma de 28 prata, 13 delas internacionais, e 20 bronzes, 11 delas, internacionais.

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