O ensino da Engenharia hoje e no futuro
02/06/2015 16:16
Rayanderson Guerra / Foto: Weiler Filho

Palestra promovida pela Academia Nacional de Engenharia e pelo Centro Técnico Científico (CTC) abordou a situação dos cursos de Engenharia no país


O ensino da engenharia hoje e no futuro. Esse foi o tema da palestra promovida pela Academia Nacional de Engenharia e pelo Centro Técnico Científico (CTC), no dia 29 de maio, no Auditório Amex. No encontro, o Vice-Reitor Administrativo da Universidade, professor Luiz Carlos Scavarda do Carmo, o ex-reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Paulo Alcântara Gomes e o professor emérito da Coppe-UFRJ Luiz Bevilacqua discutiram a situação do curso no país e os rumos que as universidades brasileiras devem tomar nos próximos anos.

De acordo com o professor Luiz Bevilacqua, o modelo de escola de engenharia brasileira está ultrapassada e os problemas devem ser tratados de maneira individual. Ele apresentou dados levantados pelo professor Vanderli Fava de Oliveira, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), que mostra que o Brasil conta, atualmente, com cerca de 3 mil cursos de Engenharia, em diferentes modalidades. A cada mil estudantes interessados em ingressar em um curso superior da área, 172 são selecionados e apenas 95 se formam.

– O mundo está evoluindo rapidamente e não adianta ignorarmos as novas tecnologias, temos que assumir os riscos. Os alunos que se formam hoje estarão diante de desafios que eles não encontraram durante a graduação. As empresas estão tornando as universidades corporativas e temos que formar engenheiros competentes acompanhando as mudanças que são impostas. Cada problema deve ser tratado de uma forma diferente. Não podemos ter o mesmo ensino em Manaus e em Porto Alegre, são características e necessidades diferentes.

O Vice-Reitor Administrativo, Luiz Carlos Scavarda do Carmo, ressaltou a importância de programas que incentivem o desenvolvimento da engenharia e aprimorem os sistemas vigentes nas instituições de ensino brasileiras. Ele relembrou o programa Reengenharia do Ensino da Engenharia (Reenge), que tinha o objetivo de reestruturar o Ensino Superior e formar engenheiros com uma formação básica sólida.

– Reduzimos a evasão no curso de engenharia da PUC, mas isso só foi possível com um esforço enorme do CTC. O Reenge e outros programas deste tipo são bancados pelo Governo e as universidades mais bem avaliadas pelo Ministério da Educação recebem os recursos para aprofundar as atividades, mas a quantidade de engenheiros que trabalham na parte de produção e operacional é enorme. Precisamos formar melhor esses profissionais.

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