Como as pessoas criam o hábito de ler desde a infância? Esse foi uns dos temas abordados na palestra A Formação do Leitor, que ocorreu no dia 14 de julho, na parte da manhã, durante o II Seminário Internacional do Laboratório Interdisciplinar Design Educação: Teaching material for early childhood education. O encontro contou com a presença do diretor do Instituto Interdisciplinar de Leitura (iiLer/ PUC-Rio) e professor do Departamento de Artes e Design, Luiz Antônio Luzio Coelho, da coordenadora adjunta da Cátedra UNESCO de Leitura PUC-Rio, Eliana Yunes, da coordenadora do Sítio da Leitura do iiLer Nanci Nóbrega, e com representantes do Ministério da Educação, de professores e de auxiliares pedagógicos da República Democrática de São Tomé e Príncipe.
Segundo Eliana Yunes, a criança quando chega à escola, já leva uma bagagem cultural, inclusive de leitura. Ela acredita que as crianças precisam aprender a escutar para que possam dizer algo propriamente delas, e que, por meio das ideias, das imagens e da imaginação que criam, os pequenos metaforizam. Segundo a coordenadora, um livro pode facilitar o entendimento do que uma criança sente, entende e diz. Para Eliana, a cultura não teria sobrevivido à civilização se não fosse a oralidade. Conforme ela, a palavra é fundadora da humanidade e a cultura é o cultivo da vida, que precisa ser saber respeitada nas diferenças.
O professor Luiz Antônio Luzio Coelho relatou que há um projeto do iiLer de levar uma biblioteca e acervos para as escolas e para a Biblioteca Central de São Tomé e Príncipe, com o objetivo de estreitar a relação com o país.
– Esse projeto tem grande importância política para Brasil e São Tomé e Príncipe. Estreitar as relações com um país também de Língua Portuguesa é uma delas. Esse é o ganho maior. Isso sem falar em ampliar a capacidade de ver o mundo, entender o mundo e conviver com as pessoas.
A coordenadora Nanci Nóbrega observou que a biblioteca é um lugar de vida. Ela afirmou ser importante selecionar o que será colocado na biblioteca do projeto, que deverá ter peças que representem o jeito e as características do Brasil.
O momento de reflexão e confraternização de culturas foi encerrado pelos convidados de São Tomé e Príncipe e pelos membros do Instituto, que contaram histórias, cantaram cirandas e ainda fizeram brincadeiras típicas de cada país.