Dois países, inúmeras experiências
15/07/2015 17:59
Arthur Macedo / Foto: Pedro Myguel

Educadores do Brasil e de São Tomé e Príncipe trocam ideias sobre formas de promover o ensino


Trocas e relatos de experiências foram a pauta do terceiro dia do Seminário Internacional do Laboratório Interdisciplinar Design e Educação (LIDE). Os cerca de 30 professores de São Tomé e Príncipe, com olhares atenciosos, assistiram a um vídeo de apresentação do projeto na tarde do dia 15 de julho, no qual foi explicado o surgimento da ideia para o seminário. Após a exibição do filme, os são-tomenses prontamente se levantaram e começaram a cantar e bater palmas, uma forma de agradecimento e homenagem ao projeto que ajuda na formação dos profissionais de educação do país.

A professora Rita Couto contou aos educadores de São Tomé e Príncipe sobre a experiência de ensinar português escrito a crianças surdas, a segunda língua oficial delas depois de Libras (Linguagem Brasileira de Sinais). Ela apontou a importância do uso de métodos didáticos e que estimulem a curiosidade dos alunos. Segundo Rita, por serem crianças, os alunos têm a atenção dispersa, por isso surgiu a ideia da criação de um jogo para instigar a aprendizagem nelas.

– A gente chegou a esse conceito do jogo que é um material educativo idealizado para auxiliar a criança surda no processo de aquisição de sua segunda língua, o português escrito. Desenvolvemos esse projeto em uma versão concreta, que é um jogo de mesa, e uma versão multimídia disponível na internet. Escolhemos como tema a cidade do Rio de Janeiro. Dentro do Rio de Janeiro, trabalhamos o Pão-de-Açúcar, jardim zoológico e o quartel central do corpo de bombeiros porque existe um fascínio das crianças pelos carros de bombeiros – disse.

Os são-tomenses também relataram experiências de ensino com as crianças no país africano. Foram exibidos vídeos em que os alunos apareciam em brincadeiras nas escolas, sempre com o objetivo de promover o desenvolvimento infantil. Uma das brincadeiras mencionadas foi cabra-cega, também famosa no Brasil.

Ao debaterem sobre os benefícios dessa brincadeira para a educação, os professores destacaram as áreas em que a cabra-cega, por exemplo, ajuda na formação das crianças. "É uma brincadeira que ajuda na matemática, pois os alunos fazem contagem. Na linguagem, pois a criança fala e se expressa. Na audição, socialização, pois elas interagem. No movimento e na expressão corporal também", contaram.

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