Musical conta a história de um casal em crise
06/01/2016 17:07
Caio Sartori / Fotos: Caio Gallucci

O Primeiro Musical A Gente Nunca Esquece estreia no Rio com jingles selecionados pelo publicitário Washington Olivetto

Cada vez mais presentes no cenário cultural brasileiro, os espetáculos musicais se firmam como uma boa opção na hora de contar uma história. No dia 8 de janeiro, estreou no Theatro Net Rio, em Copacabana, a peça O Primeiro Musical a Gente Nunca Esquece, ficção sobre um casal em crise após quase 20 anos de casamento. A trilha sonora, híbrida, mistura clássicos do teatro musical, como O Mágico de Oz e A Noviça Rebelde, e jingles nacionais marcantes, além de três composições inéditas. Com consultoria criativa do publicitário Washington Olivetto, o espetáculo é uma produção da Aventura Entretenimento, responsável pelos musicais sobre Elis Regina, Chacrinha e o Rock in Rio.

Na trama, escrita e dirigida por Rodrigo Nogueira, os protagonistas Franco (Marcelo Varzea) e Dora (Amanda Costa) passam por um momento conturbado do casamento. Ele, publicitário viciado em jingles, chega do trabalho e vai direto para a frente da televisão, enquanto ela, dona de casa, vive em um mundo de ilusões norteado pelos musicais que tanto ama. A história pode remeter a Woody Allen, mas Nogueira diz que não se inspira em um artista específico na hora de começar um trabalho, apesar de o diretor nova-iorquino ser uma grande influência.

– Acho que eles acabam aparecendo de alguma maneira no resultado. Nesta peça, especificamente, pensei muito em algumas obras como Shirley Valentine e filmes italianos como Cinema Paradiso e A vida é bela. Tanto que os nomes dos personagens são todos italianos – comenta.

Na hora de pensar a trilha sonora, a ideia foi fazer uma grande mistura, explica Nogueira. Selecionados por Washington Olivetto, os jingles considerados indispensáveis foram sendo incorporados à dramaturgia, enquanto os clássicos do musical eram readaptados, e as novas canções eram elaboradas por Nogueira, Tony Lucchese (diretor musical) e Tauã Delmiro (assistente de direção).

– Fiz três versões de clássicos do musical para sustentar o primeiro ato. Foi uma forma que achei de acostumar o público (com o musical tradicional) para depois trazer a estranheza dos jingles se tornando parte de um musical. E, por fim, as músicas inéditas são algo que venho buscando há muito tempo em musicais.

Os musicais conquistaram de vez o público brasileiro: mais de 600 mil pessoas foram ao teatro para assistir às peças Elis, a Musical, Se Eu Fosse Você, o Musical, e Chacrinha, o Musical, entre 2014 e 2015.

– Certamente os musicais têm crescido muito no Brasil. O que acho que precisamos agora é de uma certa evolução no sentido de termos musicais totalmente originais, nas histórias e nas composições. É algo que já está acontecendo e merece ir ainda mais longe – aponta Rodrigo Nogueira.

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