O lançamento do livro Mediação Internacional, organizado pela Coordenadora Setorial de Pós-Graduação e Pesquisa do Centro de Ciências Sociais, professora Mônica Herz, pela professora Maíra Siman, do Instituto de Relações Internacionais (IRI/PUC-Rio) e pela doutoranda Paula Drumond, do Institut de Hautes Études Internationales et du Développement, em Genebra, ocorreu no dia 11 de julho, na livraria Timbre, no Shopping da Gávea.
A obra, publicada pela Editora PUC-Rio em parceria com a Editora Vozes, faz parte do projeto Unidade do Sul Global para a Mediação (GSUM), desenvolvido pelo IRI e pelo governo da Noruega. O livro traz a compilação de textos traduzidos pelas organizadoras e considerados essenciais para quem deseja debater sobre o engajamento do Brasil e de outros países na mediação internacional.
Segundo Maíra Siman, o livro é uma tentativa de difundir conhecimento sobre resolução de conflitos no país. Para ela, os grandes especialistas, a literatura acadêmica e prática e a expertise em mediação internacional são produzidas no chamado Norte Global, enquanto os países do Sul Global, como o Brasil, atuam como receptores.
- Esse livro é como um primeiro passo. Havia uma deficiência nossa no engajamento na agenda de mediação internacional e na produção de conhecimento. A tradução desses textos é para que se abra, eventualmente, um espaço para discutir o papel do Brasil e do Sul Global em torno desse debate. O Brasil pode encontrar alternativas à concepção tradicional de resolução de conflitos pautada no uso exclusivo da força – explicou.
Mônica Herz relata que a proposta de Mediação Internacional é, também, ao oferecer textos fundamentais em português, ser um instrumento facilitador do trabalho do professor que esteja lecionando um curso sobre mediação internacional e resolução de conflitos.
- O Brasil tem um potencial, ainda a ser realizado, de engajamento na mediação de uma série de conflitos internacionais, tem a capacidade de fazer pontes com países do Norte Global, a partir do momento que tenhamos um governo que faça a escolha de se envolver com problemas de governança global – disse.