Centro de mídia abastece cobertura internacional pelo Rio
12/08/2016 09:10
Bárbara Tavares, Gustavo Cortês e Mariana Salles

Jornalistas estrangeiros destacam suporte de informações sobre a cidade

Painel do Rio Media Center em parceria com Havaianas. Foto: Mariana Salles


Longe dos holofotes dedicados às principais vitrines olímpicas, pulsa numa despretensiosa rua da Cidade Nova um caldeirão de sotaques igualmente emblemático da maior festa esportiva do planeta. Lá funciona o Rio Media Center (RMC), o pincipal centro de apoio aos representantes da imprensa brasileira e estrangeira. Com mais de 6.000 credenciados, este QG da mídia acolhe um vaivém diário tão eclético quanto o dos atletas e dos visitantes. Por ali passam jornalistas de variados veículos de comunicação e trajetórias profissionais, Iniciante em cobertura olímpica, Ignacio Mansur, repórter do Jornal Santafesina Radio y Television, da cidade de Santa Fé, na Argentina, destaca o suporte de informações sobre a cidade:

– O melhor do RMC é toda a informação disponível, importante para nós estrangeiros. Aqui, sabemos onde ficar, quais linhas de metrô pegar, para onde ir e onde comer ou beber. Este suporte nos ajuda muito na cobertura olímpica.

Ignacio Masur, da Santafesina Radio y Television. Foto: Mariana Salles
Com apenas um ano de existência, o Santafesina dedica-se a cobrir a participação dos argentinos na Rio 2016, em especial os atletas provenientes de Santa Fé. Mansur conta que a “disposição de todos em ajudar no Rio Media Center” se reflete também nas ruas: “A organização torna a experiência de cobrir as Olimpíadas mais confortável”, reitera o jornalista.

Felipe Zarruk, da Emisora Onda 5. Foto: Mariana Salles
Um dos papeis do RMC é acolher jornalistas sem credencial para os Jogos. Caso do colombiano Felipe Zarruk, da emissora Onda 5. Ganhador do prêmio de melhor trabalho para rádio do concurso de jornalismo Luis Enrique Figueroa Rey, em 2015, ele reforça o time de milhares de profissionais dedicados a contar não só histórias das competições, mas, sobretudo, histórias que retratam a Olímpiada nas artérias da cidade. “O Comitê Olímpico Colombiano limitou as credenciais a jornalistas”, critica.

Coordenadora de Operações de Imprensa do Rio Media Center, a jornalista Adriana Moreira avalia que um das principais contribuições do espaço é a versatilidade aplicada no suporte a veículos de comunicação com diversos perfis, propósitos, tamanhos. Um trabalho que, embora à margem dos flashes, revela-se primordial aos esforços em mostrar as várias faces – urbana, esportiva, comercial, turística – da primeira Olimpíada na América do Sul.

– Damos assistência veículos de diferentes tipos, desde os menores até os de maior circulação. A ideia é ajudar os jornalistas a conhecerem as principais atrações urbanísticas, sociais, culturais e turísticas do Rio – explica Adriana.

Adriana Moreira nos bastidores do auditório do RMC. Foto: Mariana Salles


Outra tarefa igualmente representativa, mas de viés diplomático, remete à desconstrução de uma imagem negativa formada recentemente na mídia internacional em decorrência das crises políticas e econômica e da desconfiança irrigada por episódios como o trágico desabamento da passarela na Avenida Niemeyer e falhas hidráulicas e elétricas na Vila Olímpica. Para melhorar a imagem do Rio com a imprensa estrangeira, optou-se por antecipar a abertura do centro de mídia. “Assim os jornalistas podiam entrar em contato logo com o espírito carioca”, justifica Adriana. Ela acrescenta:

– Os jornalistas perceberiam também que sabemos receber e fazer um evento de alto nível. O Rio Media Center está contribuindo para revigorar a imagem positiva da cidade e do país.  

Planejado pela Prefeitura do Rio, o espaço reúne equipe formada por 60 profissionais de comunicação – assessores de imprensa, jornalistas, designers, tradutores, fotógrafos. Abriga 130 estações de trabalho e um auditório com capacidade para 300 pessoas, dirigido a coletivas de imprensa, oficinas e seminários. O RMC poderá ser utilizado 24 horas por dia até 23 de agosto, quando a Olimpíada acaba. A partir do dia 1º de setembro, véspera da Paralimpíada, o centro funcionará das 7h às 23h. Todos os serviços são gratuitos.

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