Ensino prático aumenta chance de emprego, observa executiva de universidade da Nova Zelândia
23/09/2016 14:16
Mariana Salles

Gerente da Media Design School destaca, em palestra aos alunos de Cinema da PUC-Rio, importância da afinação entre currículo e mercado

Patricia Garcia. Foto: Mariana Salles

A visão da universidade como um “espaço de trabalho” aumenta a empregabilidade dos alunos ao término do curso, observa a gerente internacional de recrutamento da Media Design School, Patricia Garcia. A recomendação foi direcionada, em especial, aos estudantes de Cinema da PUC-Rio reunidos em palestra organizada pelo professor Arturo Netto, nesta quinta-feira.

– Os alunos da Media Design School são imersos em uma realidade de mercado de trabalho, e instruídos a pensar no curso também como tal. – contou a convidada.

Instalada na Nova Zelândia, a Media Design School reúne cursos de perfil prático, cuja partitura se molda a tendências do mercado. Ajusta-se com base em observações e projeções de executivos das maiores companhias. Eles discutem, anualmente, os currículos dos cursos, num exemplo contundente da integração entre a academia e o mercado neozelandês. “As empresas apontam tópicos importantes para a indústria e a a universidade se remodela constantemente para se adaptar às demandas dos grandes empregadores”, explica Patricia.

A tática tem se mostrado bem-sucedida. Pelo menos em relação à empregabilidade: 93% dos alunos saem dos cursos empregados. A taxa invejável resulta, ainda de acordo com a diretora da Media Design School, de uma combinação entre o ajuste curricular sistemático a novas exigências profissionais e o caráter prático inserido desde os primeiros períodos acadêmicos.

No curso de Arte para videogame (Game Art), por exemplo, os alunos produzem um jogo já ao fim do primeiro ano. Até porque a universidade mantém uma parceria exclusiva com a Playstation, para a qual são encaminhados, frequentemente, produtos desenvolvidos por alunos.

– Os estudantes também trabalham, por exemplo, em pequenas partes de grandes produções cinematográficas, como O Hobbit (2012) e Avatar (1999) – acrescenta a executiva – Os nomes deles não aparecem nos créditos, mas os trabalhos representam ganhos à capacitação aos portfolios. Isso pesa favoravelmente nos processos seletivos do mercado.

A Media Design School e a PUC-Rio têm um convênio para a chamada graduação sanduíche: os alunos da Universidade podem se inscrever cursar por seis meses disciplinas da instituição da Nova Zelândia. Entre as opções, destacam-se os cursos de Animação 3D e Efeitos Visuais, Programação de Videogames e Design de Mídia. Para ser aceito na Media Design School, são necessários, segundo Patricia, “notas na média, um portfólio recheado e muito talento e dedicação para oferecer”.

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