Uma experiência transformadora
31/10/2016 17:00
Elissa Taublib/ Fotos: Breno Lobato e Divulgação

Alunos afirmam que morar fora amplia visão de mundo

A qualidade das instalações das Universidades, como a Brotherton Library, são destacadas por intercambistas


Descrita por estudantes como uma experiência transformadora, o intercâmbio acadêmico pode significar em muitos casos, um diferencial no currículo. A viagem e o estudo em um outro país proporciona ao aluno uma mente globalizada e uma oportunidade de explorar outras áreas de interesse. Fora da zona de conforto, o intercambista cresce tanto do ponto de vista intelectual quanto pessoal.

Para o vice-diretor da Coordenação Central de Cooperação Internacional (CCCI), Ricardo Alencar, o estudante aprende a procurar soluções não lineares – o famoso “think out of the box”. Aluna de Jornalismo, Alessandra Monnerat, que estudou na Universidade de Texas (EUA), recomenda que o jovem no exterior não faça amizades só com brasileiros.

– É muito reconfortante ter pessoas que estão passando pelo mesmo que você, mas se esforce para sair da sua zona de conforto e com certeza vai achar coisas familiares em situações e pessoas totalmente estrangeiras.

Alessandra no trabalho como DJ na rádio estudantil KVRX, no Texas


Na universidade americana, Alessandra fez cursos relacionados a América Latina, jornalismo investigativo, direitos humanos e música. Ela aponta a importância das atividades extracurriculares no intercâmbio: era designer no jornal da universidade, The Daily Texan. Destaca ainda o trabalho como DJ na rádio estudantil KVRX e no centro de pesquisa Knight Center for Journalism in the Americas.

– Esse semestre mudou completamente minha perspectiva sobre o jornalismo e minha carreira. Aprendi que quero ajudar as pessoas com minha profissão e que posso ser criativa nas minhas escolhas, mesmo dentro do dia a dia de uma redação. Basicamente, aprendi a pensar fora da caixinha – explica Alessandra.

Aluno de administração, Pedro Henrique Sarvat reforça a liberdade na escolha de disciplinas cursadas no intercâmbio em Sciences Po (França). Ele defende que isso o permitiu estudar matérias como sociologia e educação. Essa interdisciplinaridade, segundo Pedro, complementou a visão dele como aluno de administração. Para Sarvat, o contato com alunos e professores de diferentes nacionalidades foi um dos pontos mais marcantes da viagem.

– O intercâmbio te abre a cabeça e te mostra não só as qualidades que o aluno brasileiro carrega consigo, como o quanto é possível aprender com as qualidades dos outros alunos – afirma.

De acordo com o vice-diretor da CCCI, a interdisciplinaridade é uma das maiores vantagens de estudar no exterior. Segundo ele, o intercâmbio é uma oportunidade de o aluno se aprofundar em assuntos que o interessem, para que possa ter uma formação mais sólida.

– É uma possibilidade que o aluno tem de perceber novos horizontes e diferentes maneiras de ensino. Ele aprende novas culturas, pode trazer para cá algo que ele não tenha na PUC, ou que não seja ensinado com a mesma profundidade.

Aluno de Engenharia de Produção e atualmente estudante na Universidade de Leeds (Inglaterra), Breno Rodrigues Lobato considera que o intercâmbio desenvolve o jovem como pessoa e como profissional. Ele considera que, ao viver fora de seu país, o estudante passa por situações e dificuldades que o fortalecem e o preparam para o mercado competitivo de trabalho.

– Você é obrigado a lidar sozinho com desafios que eventualmente surgem. Isso desenvolve a capacidade de proatividade, comunicação e solução de problemas, características importantes para um futuro profissional – diz.

Estudante de Economia, João Mourão afirma que acumulou uma bagagem cultural grande ao fazer intercâmbio em Sciences Po. Para ele, a viagem é uma oportunidade de conhecer diferentes culturas, por meio de visitas a museus e cidades históricas.

– Recomendo bastante. A PUC tem parcerias com universidades excelentes academicamente e locais ótimos para morar. Como dica, pesquisar bem antes de ir e conhecer as opções oferecidas.

Apesar de sentir falta do açaí brasileiro, o aluno de Jornalismo Sergio Schargel revela que, se pudesse, ficaria na Holanda para sempre. Após seis meses na universidade técnica Hanzehogeschool, Sergio conta que se acostumou a pensar em inglês. Ele relata que tinha medo do tédio em Gronigen, onde moram cerca de 200 mil habitantes.

– Estava enganado, a cidade (Gronigen) é extremamente viva, tem festivais e festas o tempo todo. Ela não para, por ser uma cidade de estudantes.

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