Tecnologia “versus” experiência
30/06/2017 15:48
Heitor Barreto Correa, Diretor Tesoureiro da AAA-PUC-Rio

O Diretor da Associação dos Antigos Alunos da PUC-Rio, Heitor Barreto Correa, aborda sobre pessoas envolvidas com recursos de tecnologia digital

O objetivo desse artigo é provocar uma reflexão de todas as pessoas envolvidas com recursos de tecnologia digital, especialmente aqueles relativos à utilização de soft wares do tipo “faz tudo”.

O que significa isso? Os alunos e profi ssionais de engenharia, por exemplo, certamente conhecem diversos aplicativos em que o usuário prepara um modelo representativo do problema a resolver, “aperta um botão” no computador e em pouco tempo aparece na tela o resultado, seja ele numérico ou gráfico.

Até aí tudo bem, mas a pergunta que não tem uma resposta clara e que merece uma refl exão é a seguinte? Como analisar os resultados alcançados, principalmente por aqueles que ainda não tem experiência sufi ciente para julgar se um determinado número oriundo do computador representa a resposta correta ou não para o problema posto?

Porque estou colocando este assunto em discussão? Durante meus mais de 40 anos como profi ssional e professor de Engenharia Civil, ouvi inúmeras vezes dos alunos e de engenheiros mais novos, afi rmações do tipo “mas isso o computador faz”, e a minha resposta sempre foi primeiro devemos entender como as coisas acontecem, qual é a teoria envolvida, para depois poder analisar os resultados oriundos de um soft ware específico. Existe uma tendência normal do ser humano de considerar aquilo que o computador apresenta como resultado como sendo uma verdade absoluta!

Não é assim que a coisa funciona e o tema aqui colocado para reflexão visa estimular todos os usuários das inúmeras tecnologias disponíveis a se conscientizarem da importância do conhecimento teórico e da experiência para uma utilização mais eficaz desses recursos.

É necessário entender que as tecnologias digitais existem para serem utilizadas e são fundamentais para o aumento da produtividade da economia como um todo.

Essas colocações não representam uma condenação do uso das tecnologias digitais, muito menos uma excessiva valorização da “experiência”, mas sim um alerta sobre a necessidade de se desenvolver uma maior capacidade de análise visando uma melhor utilização dos modernos recursos tecnológicos existentes e cada vez mais abundantes nos diversos ramos da atividade humana.

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