Determinação, espiritualidade e profundidade resumem o legado deixado por Santo Inácio de Loyola. O fundador da Companhia de Jesus foi um mestre na vida de oração e seus Exercícios espirituais foram as maiores heranças deixadas pelo fundador da Companhia de Jesus, afirmou padre Josafá Carlos de Siqueira, Reitor da PUC-Rio, nesta segunda-feira, 31 de julho, do dia de Santo Inácio de Loyola.
Após missa celebrada pelo Reitor e por padre Luís Correa Lima na Igreja do Sagrado Coração de Jesus da PUC-Rio, em comemoração à data, padre Josafá também ressaltou a importância da profundidade filosófica e teológica da qual Santo Inácio era dotado, o que contribuiu para que a Companhia de Jesus se tornasse destaque na área da ciência.
– Santo Inácio tinha noção de profundidade tanto de Deus quanto do saber. Isso fez com que os jesuítas entendessem a dimensão dos assuntos relacionados à vida espiritual.
Ainda de acordo com Padre Josafá, sua trajetória, de pura dedicação a Deus, marcou a história da Igreja Católica:
– A sua devoção constante a Deus serve de exemplo porque a oração mudou a vida espiritual das pessoas da Igreja para melhor.
O Reitor ainda trouxe uma reflexão do santo homenageado: “Não devemos pedir muitas coisas a Deus, mas sim deixar que ele conduza as nossas vidas”.
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Quem foi Santo Inácio
Inácio Lopez nasceu em Loyola, na Espanha, e decidiu dedicar-se à espiritualidade aos 26 anos, quando abandonou a carreira militar. De 1522 a 1523 escreveu os Exercícios espirituais, baseados em sua experiência de encontro com Deus, que se tornaram, mais tarde, um reconhecido método de evangelização para os católicos.
Em 1534, fundou a Companhia de Jesus, a qual tinha como objetivo desenvolver regras disciplinares para a vida religiosa e, sobretudo, para missões de evangelização. Os jesuítas se espalharam pelo mundo e tiveram importante papel na conversão e proteção de indígenas durante a época do Brasil Colônia, além de contribuírem para o ensino com colégios que hoje integram a Rede Jesuíta de Educação.
Inácio morreu em Roma, em 31 de julho de 1556, aos 65 anos. Em 1922, o Papa Pio XI declarou Santo Inácio padroeiro de retiros espirituais.