O aplicativo Passados Presentes foi criado a partir do Inventário dos Lugares de Memória do Tráfico Atlântico de Escravos e da História dos Africanos Escravizados no Brasil. O trabalho foi iniciado em 2007, no Laboratório de História Oral e Imagem da Universidade Federal Fluminense (LABHOI/UFF), com apoio do Projeto Rota do Escravo, da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Disponível nas plataformas Android e iOs, o aplicativo é coordenado pelas professoras Hebe Mattos e Matha Abreu, da Universidade Federal Fluminense, (UFF), e Keila Grimberg, da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). As professoras administram também o site www.passadospresentes.com.br. Com opções de busca, como Estado, Cidade ou Categoria, é possível encontrar diferentes pontos que contam a história da escravidão no Brasil.
Segundo Keila, o objetivo é oferecer uma informação qualificada e promover o turismo na região em parceria com a comunidade. Para ela, não é possível afirmar que há um crescimento de visitantes à região por causa do aplicativo, mas que a escolha do Cais do Valongo como Patrimônio da Humanidade ajudou na procura de turistas pela região da Pequena África.
- Queríamos que as pessoas usassem essa ferramenta para ajudar na mobilidade delas na região, e para que pudéssemos formar de uma maneira que os outros roteiros não fazem. A Prefeitura tem seis pontos, nós temos 60, e as informações que oferecemos são históricas, baseadas em pesquisas, em documentos que nós mesmas consultamos, ou que colegas nossos consultaram, além de bibliografias.
Confira a matéria especial sobre a Pequena África do Jornal da PUC.