Professores ganham autonomia e liberdade para lecionar por meio da tecnologia educacional

As novidades da próxima versão da plataforma Moodle e as novas formas de ensino e aprendizagem foram os temas das palestras da manhã desta quinta-feira, 19, na Conferência MoodleMoot Brasil. A abertura foi realizada pelo analista desenvolvedor da Moodle HQ na Austrália, o brasileiro Simey Lameze. As discussões abordaram a relação dos professores com a tecnologia e como a educação passa por um momento de renovação.

Simey Lameze, que ocupa seu cargo no Moodle desde março de 2014, apresentou, por videoconferência, as transformações que a plataforma terá com a versão 3.4, com lançamento previsto para o dia 13 de novembro. Segundo Lameze, a principal mudança do software vai ser o fim dos carregamentos após cada ação, o que tornava a navegação no site lenta. Para ele, o foco das atualizações do Moodle tem sido a melhoria no uso da plataforma.

— A interface está mais dinâmica, rápida e moderna. Isso facilita a vida do usuário e, principalmente, do professor. A missão do Moodle é empoderar os educadores para que eles possam melhorar a transmissão de conteúdo.

De acordo com Lameze, o calendário de eventos, ferramenta existente no Moodle, está mais ágil. Segundo ele, o professor pode, por exemplo, organizar as programações a partir da preferência ou autoria, de acordo com o dia e mês que ocorrem. Esse novo formato da plataforma, explica Lameze, colabora para que o usuário filtre conteúdo e tenha à disposição, na tela, apenas conferências, aulas e encontros que lhe interessem.

O sócio e professor da Livre Docência Tecnologia Educacional, Regis Tractenberg, participou da segunda palestra da manhã. A empresa, que utiliza o Moodle como plataforma de funcionamento desde 2004, presta serviços de consultoria e instrução para projetos de Educação à Distância (EaD). Tractenberg abordou as características da docência livre ou do professor independente, conceito que, segundo o palestrante, deixa o processo de criação de disciplinas mais livre.

— A educação on-line independente tem flexibilidade quanto ao horário e ao local de trabalho, dá senso de realização profissional e pessoal e dá liberdade pedagógica ao docente.

Após um levantamento feito pela Livre Docência Tecnologia Educacional, Tractenberg definiu que o perfil do professor independente é padronizado. A maioria trabalha em tempo parcial, diferentes níveis de experiência profissional e muitos eram autônomos ou microempresários. A escolha por diversos temas chamou atenção de Tractenberg.

— Direito, Psicologia, Recursos Humanos, redação, Tecnologia Educacional, Marketing Digital e muitos outros temas. Isso mostra que o professor independente é autoral e mesmo assim pode trabalhar em parcerias. Os temas não limitam em nada a pedagogia que eles queiram adotar.