O novo Realismo
12/12/2017 10:04
Helena Carmona

Na passagem pela PUC, o professor Markus Gabriel proferiu palestra sobre o tema Fantasmagorias

O filósofo Markus Gabriel Foto: Isabella Lacerda

Um dos principais nomes do Novo Realismo, o filósofo alemão Markus Gabriel proferiu palestra no dia 1º de dezembro no miniauditório do RDC. Ao lado do Coordenador Central de Pós-Graduação e Pesquisa, professor Paulo Cesar Duque Estrada, do Departamento de Filosofia, Gabriel abordou o tema Fantasmagorias. Na ocasião, os professores se propuseram a falar de diferenças, sobretudo entre o Novo Realismo, corrente vanguardista da filosofia alemã, e a Desconstrução de Jacques Derrida.

De acordo com o filósofo, as duas correntes filosóficas têm origem na teoria matemática dos conjuntos. No entanto, enquanto a linha do filósofo argelino Derrida tem como máxima “Não existem fatos, apenas interpretações”, o Novo Realismo defende que existem elementos que não dependem da interpretação humana. Segundo ele, na perspectiva neorrealista, aquilo que não for propriedade do discurso não está necessariamente submetido à capacidade de interpretação ou manipulação humana. As árvores, pontuou Gabriel, não precisam da subjetividade da mente para existirem, por exemplo.

Markus Gabriel é um dos mais renomados filósofos do novo realismo e professor da Universidade de Bonn, na Alemanha, ele escreveu best-sellers como O Sentido de Existir (Civilização Brasileira, 2016) e Porque o Mundo Não Existe (Vozes, 2016). De acordo com ele, não pode haver um lugar que englobe tudo o que existe.

- Eu sei que existe o Brasil, existe uma árvore, existe Porto Alegre, mas não existe um lugar que comporte tudo o que existe. Enquanto eu estou aqui, alguém está no Japão pensando algo que eu não posso saber. Então, é como se ele estivesse em outro mundo. Existem vários mundos simultaneamente e não pode existir um só - explicou o filósofo.

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