A PUC-Rio sediou, entre os dias 23 e 27 de julho, o XV Modelo Intercolegial de Relações Internacionais (MIRIN). Cerca de 250 alunos do Ensino Médio de diversas escolas participaram dos encontros, que fazem simulações de organismos internacionais e debatem sobre questões atuais. A proposta é proporcionar aos participantes uma experiência próxima da realidade profissional de diplomatas, chefes de estado e ministros, em contextos de disputa internacional ou de assuntos considerados historicamente relevantes, e também de estimular a argumentação e a oratória dos estudantes. Mais de cem alunos do Departamento de Relações Internacionais e de outros departamentos da Universidade trabalharam como voluntários.
Secretária Geral do MIRIN, a estudante do 7° período de Relações Internacionais Maria Carolina Soares explicou que o objetivo do encontro é colocar os alunos para aprender assuntos relacionados à política internacional que não apresentados em sala de aula, para, por exemplo, fazer uma boa redação. As atividades são organizadas em oito comitês, e os gabinetes, como o de Segurança Pública ou de Guerra às Drogas, debatem resoluções para simulações de situações diplomáticas. Esse ano teve, por exemplo, o gabinete de guerra, e os alunos representaram ministros, soldados e almirantes de diversos países. Segundo Maria Carolina, o intuito é fazer o estudante se expor, colocar a opinião dele em pauta, formular essa opinião e argumentar.
- A proposta é eles entrarem para aprender sobre política internacional e como eles podem argumentar. Eles são delegados de países, representando países, ou podem ser, como esse ano a gente fez, o conselho do Vaticano. Nesse caso, eles são bispos e cardeais. Eu quis trazer renovação, trazer mais escolas e aumentar a quantidade de diretores. E, principalmente, novos temas. A gente tenta conversar com o contexto político sempre.
O estudante Nathan da Silva Rosário, do Departamento de Relações Internacionais, participou pela segunda vez do MIRIN. Como voluntário, ele trabalhou na organização dos staffs e questões logísticas, como a preparação das salas de comitês e coffee breaks. Poder trabalhar no MIRIN e estar com os adolescentes foram os motivos que o levaram a participar das atividades. Para Nathan, a experiência não serve apenas para os interessados em relações internacionais.
- Eu acho que uma das melhores coisas da simulação é esse lugar que te coloca para falar, escutar e colaborar com outras pessoas. Para quem faz Relações Internacionais, estar envolvido justamente nesses tipos de órgãos é uma ótima experiência para descobrir como acontece uma negociação de caráter diplomático.
As estudantes do Colégio Santo Inácio Giulia Mastrangelo, 15 anos, e Yasmin Miranda, de 16 anos, fizeram pela primeira vez um comitê em dupla. As duas participaram do comitê especial de Relações Intergovernamentais, um tema novo para a Giulia, que pretende cursar Direito na graduação, e Yasmin, que quer fazer Medicina, mas também não descarta o curso de Direito. Segundo Yasmin, participar do MIRIN proporcionou novas experiências e oportunidades de conhecer pessoas.
- Tinha muita gente de primeira viagem, então a gente achou que não fosse fluir tanto, mas surpreendeu bastante. O nosso comitê tinha dois grupos separados, e acabou que a união dos dois grupos ocorreu de uma maneira que a gente não esperava. Foi uma experiência muito boa – conta Yasmin.