A Capes, que exerce papel fundamental na expansão do mestrado e doutorado no Brasil, escolheu a PUC-Rio e mais 24 universidades brasileiras para o Programa Institucional de Internacionalização (Capes/PrInt). A conquista reconhece a qualidade da graduação da Universidade, que vai receber investimentos na internacionalização da pós-graduação, por parte do órgão público, durante os próximos quatro anos.
O projeto terá início em novembro deste ano, formulado pela PUC a partir de sete temas, e envolve 25 programas de pós-graduação e 40 subprojetos de três centros que têm pós-graduação: o CCS, o CTC e CTCH. O coordenador Central de Pós-Graduação e Pesquisa da PUC-Rio, professor Paulo César Duque Estrada, explica que o objetivo do trabalho é ampliar e fortalecer grupos de pesquisa internacionais e de rede. Ele afirma que a proposta busca a maior projeção da Universidade no cenário internacional.
- Isso é muito importante porque vai dar ainda mais presença da PUC na relação com os grandes centros de pesquisas, tanto na Europa quanto nos Estados Unidos. Esse programa visa estimular a formação de redes de pesquisas internacionais, e aprimorar a qualidade da produção acadêmica.
O PrInt não foi o único avanço da Universidade na expansão da internacionalização este ano: em julho, a PUC assinou o convênio com o Consortium for Advanced Studies Abroad (Casa), que reúne 11 universidades do mundo. Para Estrada, propostas como estas contribuem para a promoção de uma maior mobilidade de professores e alunos por instituições pelo mundo, e a implantação de uma nova cultura voltada para o intercâmbio internacional.
O Coordenador Central de Internacionalização, professor Danilo Marcondes, afirma que a entrada da Universidade em convênios internacionais, como o CASA, é um reconhecimento do trabalho feito há mais de 25 anos pela Coordenação Central de Internacionalização. Segundo ele, a PUC tem convênios ativos com mais de 200 Universidades ao redor do mundo, que permitem o envio de mais de 600 alunos para intercâmbio e a recepção de cerca de mil estudantes estrangeiros. A Universidade têm três tipos diferentes de relação com as instituições internacionais, o intercâmbio de alunos de graduação, de pós-graduação e professores com pesquisas conjuntas. Marcondes revela que o plano é expandir cada vez mais essa característica de troca global, e, segundo ele, o foco é na expansão das redes, por ser um convênio integrado com temas e instituições.
— Nosso plano é expandir a Cooperação Internacional com qualidade. Estamos trabalhando muito nas redes, ou seja, um conjunto de universidades que seleciona um tema e trabalha em conjunto, com pesquisas, seminários, workshops, entre outros. As redes são interessantes por serem um convênio mais integrado, existe um tema, uma questão para a pesquisa conjunta, estamos priorizando essas redes como forma de expansão.
Marcondes enxerga a vinda de professores de outras universidades para a PUC como um plus para os alunos que não fazem intercâmbio. Segundo ele, com é uma possibilidade de usufruir do conhecimento desses docentes e também uma forma de ter contato com outras formas de ensino.
- Não é só em ir para o exterior, mas o aluno estar em uma universidade que é internacionalizada também beneficia porque ele vai ter colegas e professores de outros países. Então há uma outra perspectiva sobre a formação, a pesquisa, o ensino, tudo. Acredito que o benefício é grande porque ele tem uma visão de mundo mais ampla.
A entrada da PUC em convênios como o Casa e a Capes representa para o diretor geral do convênio Casa, professor Karl Erik Schøllhammer, a confirmação da reputação da Universidade no trabalho internacional. Ele considera que, para alcançar a excelência, o trabalho da Coordenação Central de Cooperação Internacional (CCCI) é fundamental.
— Podemos dizer a abertura do Consórcio Casa e a concessão da bolsa da Capes têm uma relação indireta. São duas confirmações de um trabalho internacional que destaca a PUC entre todas as Universidades brasileiras como a mais a internacionalizada, ou seja, a PUC em todas as avaliações internacionais está entre as melhores Universidades.
O projeto é organizado por um grupo gestor formado por cinco professores da PUC, Danilo Marcondes, do Departamento de Filosofia, Karl Erik Schøllhammer, do Departamento de Letras, Márcio da Silveira de Carvalho, do Departamento de Engenharia Mecânica, e a professora Mônica Herz, Instituto de Relações Internacionais. Além do gestor responsável o Coordenador Central de Pós-Graduação professor Paulo Cesar Duque Estrada. O grupo também tem a participação de dois consultores externos, um da Alemanha, e uma consultora dos Estados Unidos.