O Vice-Reitor de Desenvolvimento da PUC-Rio, Sérgio Bruni, foi um dos três professores nomeados pelo Presidente da República, Michel Temer, entre 47 profissionais indicados, para integrar a Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação. O professor Sérgio Bruni e os outros conselheiros vão tomar posse na segunda-feira, 8, em Brasília. Atualmente, os integrantes da Câmara cumprem um mandato de quatro anos.
Cabe à Câmara examinar os problemas das universidades e sugerir soluções. E a principal função do Conselho Nacional de Educação é aprimorar a qualidade do ensino universitário no Brasil. A função deste órgão é trabalhar diretamente com o ministro da Educação para avaliar e formular as políticas nacionais de aprendizagem.
Três representantes da PUC-Rio já ocuparam o cargo de Conselheiro da Câmara, o ex Vice-Reitor Acadêmico padre Antonio do Amaral Rosa, S.J., de 1986 a 1992; o ex Reitor padre Laércio Dias de Moura, S.J., de 1992 a 1994; e a professora Hermengarda Alves Lüdke, do Departamento de Educação, de 1996 a 1997. Bruni diz que ficou honrado em ser um dos 11 conselheiros e afirma que pretende levar para o órgão a vivência em uma instituição comunitária
– Acho importante contribuir com as nossas experiências como, por exemplo, a questão de concessão de bolsas de estudo, o investimento grande que se faz na área de pesquisa científica e a questão de qualificação profissional. Ser escolhido para o cargo foi uma grande satisfação, já que 47 nomes foram indicados ao Presidente da República.
O Vice-Reitor considera que discutir o reconhecimento de cursos e habilitações oferecidas pelas instituições deve ser o principal trabalho realizado pela Câmara de Educação Superior. Ele ainda espera que os integrantes do grupo façam uma análise sobre como é fundamental investir na formação dos professores do Ensino Superior. Bruni julga que é necessário aperfeiçoar cada vez mais as licenciaturas.
– É preciso que seja feito um grande esforço nacional de formação de professores. A primeira base é investir na licenciatura, é importante ter licenciaturas de qualidade nas instituições. E uma segunda ação é aprimorar o ensino de primeiro e segundo graus para que os alunos cheguem às universidades com uma boa base. Com alunos mais bem preparados, o ensino superior vai melhorar.
O novo integrante do Câmara do Ensino Superior acha que, hoje, um dos grandes desafios para as instituições de ensino é integrar a tecnologia à grade curricular dos cursos. Mas, alerta o professor, é imprescindível que este processo seja realizado com moderação e adequado à realidade do nosso país. O Vice-Reitor assinala que usar experiências já desenvolvidas no exterior podem ajudar na elaboração de projetos para os estabelecimentos brasileiros.
– Mais uma vez, acho que o professor é o elemento fundamental desse processo. Não adianta atropelar, é necessário prudência. As instituições podem começar devagar, como por exemplo, oferecer algumas disciplinas a distância. E também temos que levar em consideração que a linguagem coloquial e a linguagem eletrônica, ou digital, apresentam diferenças. Elas não podem ser excludentes, deve haver um equilíbrio entre elas. São pequenos gestos para chegar a grandes soluções.