Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho
26/10/2018 11:42
Luana Vicentina

Hábitos de segurança nas diversas esferas do cotidiano foram incentivados na programação da Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho da PUC-Rio

Entre os dias 22 e 25 de outubro, foi realizada a 26° Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho da PUC-Rio (SIPAT). Organizada pela Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), o encontro promoveu diversas palestras de orientação para alunos e funcionários no Anfiteatro Junito Brandão.

Segurança no ciclismo foi o assunto do encontro na quarta-feira, 24, organizado em parceria com a equipe da Comissão de Segurança do Ciclismo (CSCRJ). Diretor da CIPA, Roosevelt Fideles afirmou que a proposta do tema surgiu por causa do aumento considerável do número de ciclistas entre os estudantes e funcionários da Universidade, com o objetivo de evitar ou minimizar os acidentes tanto dentro do campus como no trajeto diário.

Raphael Pazos. Foto: Gabriela Azevedo.

Fundador da CSCRJ, Raphael Pazos explicou que a Comissão teve início com o ciclismo esportivo e avançou gradativamente a partir do alcance que a bicicleta obteve em outros setores, como o de lazer e transporte. Ele abordou o código de trânsito brasileiro de ciclistas. De acordo com Pazos, a hierarquia entre os veículos deve ser considerada para que acidentes e outros transtornos sejam evitados.

— O pedestre sempre tem a preferência. Os carros maiores devem se preocupar com os menores e os ciclistas também devem tomar cuidado com os pedestres. Pelo código de trânsito, o ciclista deve pedalar no sentido do fluxo dos carros. É errônea essa ideia de que o ciclista pode ir pela contramão.

Fabio Nazareth. Foto: Gabriela Azevedo.

A mesa, composta também pelo presidente da ONG Transporte Ativo, Fabio Nazareth, tirou as principais dúvidas dos ouvintes e desmistificou questões recorrentes sobre o uso da bicicleta. Nazareth frisou ser importante respeitar os limites físicos e técnicos durante a prática do ciclismo, seja como meio de transporte, de lazer ou de atividade esportiva. Ele comentou a diferença da mobilidade urbana entre homens e mulheres.

— A mobilidade urbana, do ponto de vista das mulheres, é completamente diferente em comparação aos homens. Principalmente em relação a bicicleta, as ciclistas enfrentam um machismo estrutural e o sistema que a gente vive não é preparado para elas.

Comportamento seguro

Na terça-feira, 23, o engenheiro eletrônico e de segurança do trabalho José Plisthens falou sobre Comportamento Seguro. De acordo com Plisthens, o comportamento seguro é caracterizado pela habilidade em identificar e controlar os riscos que as atividades apresentam, e reduzir, assim, a probabilidade de acidente ou doença ocupacional.

Ele explicou como o respeito entre os funcionários e os empregadores é fundamental para que ambos possam usufruir plenamente dessa relação e valorizar, em especial, a integridade e a saúde no ambiente profissional. Plisthens pontuou os desafios a serem enfrentados para que haja uma mudança significativa de atitude dos funcionários para promover a segurança.

— Faça o certo, com segurança e com qualidade. Existe uma diferença entre o trabalhador e o profissional. Esses dois são completamente diferentes. Devemos nos perguntar: Estamos sendo trabalhadores ou profissionais? Não podemos colocar nossas vidas em risco por meros caprichos. O trabalhador sai fazendo, não se planeja. Já o profissional é sensato e ganha tempo cuidando da segurança.

José Plisthens. Foto: Thaiane Vieira.

As principais consequências dos acidentes de trabalho, de acordo com o palestrante, podem afetar desde o trabalhador e sua família, que sofre com a queda no padrão de vida; a empresa, que perde a mão de obra e tempo com a paralisação de máquinas e pessoal; e até a nação, no sentido amplo, que perde um elemento produtivo na força de trabalho e é levada a aumentar taxas e impostos para a manutenção de acidentes. Para estimular o cuidado dos funcionários, Plisthens ainda ressaltou como o risco de um acidente é sensivelmente maior quando se acostuma a conviver com o perigo e se passa a ignorá-lo.

— Infelizmente, muitos empregadores visam apenas o lucro e não se importam com seus funcionários. Por isso, não podemos sacrificar nossas vidas, colocando nossa segurança em risco.

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