A Olimpíada é uma batalha entre robôs, na qual são avaliadas a resistência e durabilidade do projeto. Com o robô Touro Maximus, de 100 quilos, além da medalha de ouro, a equipe levou para casa o inédito troféu Best in Show, que premia o melhor robô do campeonato. O coordenador da equipe, professor Marco Antonio Meggiolaro, do Departamento de Engenharia Mecânica, contou que até a equipe concorrente reconheceu a perda da luta por pontos.
– Estávamos com a esperança de que os juízes ficassem ao nosso favor, porque realmente a luta foi melhor para o nosso lado. Todo mundo ficou emocionado, pois o último combate foi bastante acirrado.
Na categoria fleaweight, o robô Pocket, de 150 gramas, empatou com dois robôs em primeiro lugar. No confronto de desempate, Pocket ficou com a prata. Um dos favoritos da competição, o robô Touro, de 55 quilos, competiu na categoria middleweight, mas por problemas no motor elétrico, levou bronze. Para Marco Antonio, a equipe quis inovar.
– Perdemos porque o tambor rotatório, que fica em frente do robô, parou de funcionar e não tinha sido totalmente testado. Uma coisa é testar em laboratórios, outra coisa é testar lá na competição, contra um robô tão bom quanto o seu. Se o tambor estivesse funcionando, nós teríamos dez chances de dar nocaute.
Formado por 25 alunos dos cursos das Engenharias de Controle e Automação, Mecânica e Elétrica, a RioBotz vai participar, em julho, da 10ª Winter Challenge, em São Caetano do Sul, São Paulo. Para a principal competição brasileira, Marco Antonio espera que o robô Touro esteja melhor para receber mais medalhas.
RioBotz: 11 anos de histórias e sucessos
Formada em janeiro de 2003, a RioBotz é a equipe mais premiada do país. Ela projeta e constrói robôs de competições. Os integrantes também adquirem conhecimentos em áreas como mecânica, eletrônica, computação, publicidade, marketing, design e captação de recursos. Apesar do foco ser a construção de robôs de combate, a RioBotz utiliza tecnologias que são aplicadas nas indústrias de energia, petróleo e médica.
Atualmente, o grupo é formado pelos alunos dos Departamentos de Engenharia de Controle e Automação, Mecânica e Elétrica. De acordo com o coordenador da equipe, professor Marco Antonio Meggiolaro, do Departamento de Engenharia Mecânica, participar da equipe é importante para o desenvolvimento dos estudantes.
– O aprendizado adquirido não tem preço. Eles complementam toda essa base teórica acadêmica das aulas com os conhecimentos práticos e com tecnologia de ponta, porque nessas competições eles estão concorrendo com equipe internacionais.
Em 11 anos de batalhas, a equipe já conquistou 104 medalhas, entre elas, 35 títulos em campeonatos nacionais e 21 medalhas de ouro em competições internacionais. Outras 48 medalhas são a soma de 28 prata, 13 delas internacionais, e 20 bronzes, 11 delas, internacionais.