A fotografia desta crônica é indício da trajetória da segunda funcionária homenageada nesta série, Maria José Teixeira Soares. Abraçada pelo irmão, a ligação entre Majô, como é conhecida por todos, e a PUC- -Rio antecede à construção do novo campus da Universidade Católica na Gávea. Seu avô, o engenheiro José Teixeira Soares Júnior, alugou o Solar Grandjean de Montigny para morar com a família em 1935.
Moradora do Solar entre 1947 e 1948, Majô tem em suas lembranças os passeios, as brincadeiras no bosque com as primas e os mergulhos dos irmãos no Rio Rainha. Relata que o então Reitor padre Pedro Velloso S.J. comunicou à avó a compra do Solar e dos terrenos no entorno no início dos anos 1950. Testemunhou as quermesses no bosque para arrecadar fundos para a construção do novo campus.
A trajetória de Majô se confunde também com a expansão do Instituto de Física, hoje Departamento de Física. Em 1966, veio trabalhar com o físico padre Th omas Cullen S.J. no subsolo do edifício Cardeal Leme como técnica de pesquisa do Laboratório de Radioatividade Natural. Lembra emocionada a relação de amizade com o padre Cullen, “um grande amigo da família”. Em 1985, Majô foi convidada pelo professor Carlos Alberto Aragão para trabalhar com a diretoria do Departamento. Desde 2009, é assessora do Vice-Reitor, padre Ivern Simó S.J., e, a partir de 2010, também do Vice- -Reitor de Desenvolvimento, professor Sérgio Bruni.
Para Majô, os 50 anos de dedicação à PUC-Rio se resumem em uma palavra: gratidão. O sentimento de pertencer à Universidade está ligado ao fato de viver diariamente a PUC-Rio e da convivência harmônica e horizontal na comunidade. E para a Universidade, este sentido de pertencimento é o que dá a escala e a densidade do que se reconhece como as marcas identitárias da PUC-Rio: pioneirismo e excelência.