Melhorar a vida do médico que é também empreendedor, utilizar a tecnologia para gerir performance atlética e como fazer de plataformas digitais aliadas de uma rotina saudável são desafios propostos pelos artífices do projeto Hacking Health. Eles apresentaram, semana passada, na PUC-Rio, a profissionais e alunos de medicina, informática e design, alguns caminhos para efetivar o pródigo casamento entre inovação e saúde.
Fundado no Canadá, em 2012, o Hacking Health representa uma movimento multidisciplnar pelo qual especialistas em saúde, tecnologia e design desenvolvem, em conjunto, softwares e hardwares que convergem para uma melhor qualidade de vida. Distribuídos em times, numa espécie de competição tecnológica chamada Hackathon, esses profissionais elaboram soluções para aperfeiçoar sistemas e solucionar dificuldades associadas, principalmente, às áreas de saúde, empreendedorismo e esporte. Aliás, o setor esportivo incorporou-se de forma mais consitente ao projeto em decorrência de sugestões brasileiras.
Uma das mais recentes contribuições do país remete à criação de um aplicativo, sugerida pelo Sebrae, para facilitar a rotina do médico empreendedor. A solução tecnológica ajuda o profissional a cojugar as atribuições e os compromissos da medicina e do empreendedorismo.
Outros casos emblemáticos pertencem ao campo esportivo. O Instituto Reação e a Escola de Vôlei do Bernardinho propuseram soluções tecnológicas para três frentes: gestão, performance atlética e aproximação dos pais às atividades extracurriculares dos filhos. Ainda nesta área, a operadora Oi sugeriu, aos participantes do Hacking Healthcriem, uma solução para transformar as plataformas digitais em vetores de uma vida mais saudável.
Ao se articular com a iniciatica, a PUC-Rio reforça o compromisso com a interdisciplinaridade e a inovação como sinônimo de benefício social. Assim destacou o coordenador de pesquisa e de pós-graduação do Centro de Ciências Biológicas e Saúde (CCBS), Jorge Biolchini, ao explicar a relevância de participar do projeto:
– Saúde é vida, “hack” é tecer relações. O Hacking Health é um dos frutos mais abertos da interdisplinaridade entre os departamentos da PUC. Esse projeto é inovar, fazer diferença na sociedade. É um evento para vivenciar a criatividade, em um ambiente de cooperação e competividade, para depois poder comemorar a solução criada.
Biolchini reitera a importância da combinação entre as áreas de medicina, informática e design no Hacking Health. A medicina, observa o médco e professor, é fundamental para enxergar os problemas na saúde; a informática, para conceber a parte tecnológica; e o design, para transformar a parte técnica em algo fácil de entender.
A PUC-Rio não investe financeiramente no movimento, mas contribui para divulgá-lo na comunidade científica. Contribui também na apreciação da inovações desenvolvidas. Os professores Jorge Biolchini, do CCBS; Jorge Lopes, do Departamento de Design; André Lucena, da Informática; e Alex Lucena, do IAG, vão participar da avaliação das soluções criadas no Hackathon.
O Hacking Health reúne 17 projetos em andamento, todos baseados em problemas identificados por profissionais de saúde. Envolve 45 cidades no mundo, como Nova York, São Paulo e Cidade do Cabo.