Para divulgar a reserva do Xingu
19/12/2011 18:50
Karina Valente / Foto: Camille Valbusa e Divulgação

Aluna de História fundou instituto de pesquisa para estudar a cultura do local

Maria Eduarda Moreira de Souza teve a iniciativa de fundar
o instituto depois de ter realizado uma viagem, em julho
de 2010, para o Parque Indígena do Xingu

 

Maria Eduarda Moreira de Souza, 21 anos, aluna do 4º período de História, é Diretora Cultural e idealizadora do projeto Save Xingu, que visa garantir a proteção socioambiental e divulgar o processo histórico da população do Xingu. A ideia começou nas redes sociais e a aluna já fundou um instituto de pesquisa sobre o tema.

 

A primeira viagem dela ao Parque Indígena do Xingu, no Mato Grosso, foi em julho de 2010. Após voltar dessa viagem, a aluna ficou decidida a criar um canal para divulgar tudo o que tinha aprendido lá. Para isso, criou um blog, uma página no Facebook, um grupo no Google, um perfil no Twitter e uma conta no Youtube.

 

Ela pretendia direcionar e aprofundar o estudo em algum tema do interesse. Depois de uma viagem à Europa, pensou em estudar a história da arte, mas, na mesma semana em que voltou, o padrasto a convidou para conhecer a reserva do Xingu e mudou de ideia.

 

– Resolvi estudar a cultura indígena xinguana. A cultura, a história é bem diferenciada dos indígenas da Amazônia, por exemplo. Quando acabou a viagem, estava encantada. Fiquei uma semana na aldeia, dormindo em oca, sem energia elétrica, sem banheiro e tudo mais – disse Maria Eduarda.

 

Ela vivenciou todo o dia-a-dia dos indígenas ao passar a
semana dormindo em oca e participando das atividades na aldeia

 

Através dos canais de comunicação que criou, ela recebeu vários contatos de pessoas que gostariam de participar do projeto. Para isso, resolveu estruturar como uma empresa, criando um escritório em Botafogo, e formalizando como um instituto de pesquisa. Recentemente, a aluna e Diretora já recebeu um convite de uma curadora interessada em fazer uma exposição, no ano que vem, com as fotos que ela fez no local. 

 

Maria Eduarda já contabiliza dez viagens para a região e pretende voltar mais vezes. Como na reserva não tem energia elétrica, a estadia da aluna não dura mais do que uma semana, pois a bateria do computador, da câmera fotográfica e filmadora não duram por muito tempo. Portanto, volta ao Rio e descarrega todo o material que tem. Toda vez que volta à reserva, direciona a pesquisa que será feita, assim como as pessoas que irá entrevistar.

 

– O objetivo é registrar a cultura do Xingu como patrimônio histórico brasileiro e apresentá-la para o mundo. Quero produzir cultura e pesquisa sobre o Xingu – afirmou ela.

 

A aluna leva câmera fotográfica e filmadora para registrar
toda a cultura e que, posteriormente, divulga na internet

 

 

Edição 251

 

 

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