Eles se prepararam por um ano, estudaram durante as férias e chegaram à final. Representando a PUC-Rio, seis alunos do Departamento de Direito participaram do XVIII Willem C. Vis International Commercial Arbitration Moot. A competição, realizada anualmente na cidade de Viena, na Áustria, é a mais importante na área de arbitragem comercial. Este ano, entre os dias 15 e 21 de abril, disputaram entre si 262 faculdades de 66 países, entre elas, do Rio de Janeiro, a PUC-Rio, a UFRJ e a UERJ.
O processo de seleção dos alunos que farão parte da equipe inicia-se no ano anterior, e é feito pelo Grupo de Estudos em Arbitragem e Direito do Comércio Internacional da PUC-Rio (Geadici). A partir de junho, começa a fase de estudos e a busca de patrocínios nos escritórios de advocacia. Em outubro, quando divulgado o tema da competição, são escolhidos os melhores argumentos, iniciados os exercícios de oratória, sessões de fonoaudióloga e até aulas de teatro para posicionar os argumentos de forma clara e convincente para os árbitros.
– Lá, cada universidade tem em torno de meia hora para, em duplas, sustentar os argumentos contra a outra universidade. Vence quem advogar melhor – explica Maria Marinho, aluna do 5º período de Direito que foi para a competição.
Como forma de auxílio aos alunos durante a preparação, aqueles que já participaram das competições anteriores colaboram como co-coordenadores. O professor Lauro Gama Jr., do Departamento de Direito, é o coordenador do grupo.
– É um trabalho intenso, realizado em equipe e há um enorme comprometimento dos alunos. Os que já participaram contribuem com experiências e novas ideias ao longo do preparo – conta o professor.
Na primeira fase, a PUC-Rio enfrentou universidades da Alemanha, Austrália e Estados Unidos. Na fase final, perdeu para a Índia. A grande vencedora foi a University of Ottawa, do Canadá. Porém, os alunos não desanimam, querem voltar e incentivar mais alunos do curso de Direito a participar. Pretendem, no ano que vem, trazer o título para a Universidade.
– Quando saí de lá, já pensei: quero competir novamente. Na hora das sustentações, sofremos uma pressão e uma aflição enorme, além de muito nervosismo. Ficamos seis dias em Viena, voltávamos para o hotel à noite e ficávamos estudando e nos concentrando para o dia seguinte. É desafiador, mas vale muito à pena – afirma Marina Guerra, do 5º período.
Edição 242
