Foi-se o tempo em que computadores ocupavam salas inteiras. A nova década que se avizinha sela definitivamente a era da miniaturização. Em breve, por exemplo, um laboratório de análise química e bioquímica poderá ser reduzido a apenas alguns milímetros. Esta tecnologia, chamada lab-on-a-chip, será uma das áreas pesquisadas no Laboratório de Nanociência e Nanotecnologia (Labnano), inaugurado no dia 10 de dezembro, no Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), no Rio de Janeiro. É o primeiro da cidade a ser aberto para grupos de pesquisa do país inteiro. Orçado em cerca de R$ 8,5 milhões – dos quais R$ 7 milhões são provenientes de recursos da Finep –, o projeto tem um comitê gestor formado por seis universidades, incluindo a PUC-Rio.
De acordo com o ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, o país investe hoje cerca de R$ 70 a R$ 80 milhões em nanotecnologia – ciência que manipula materiais extremamente pequenos, cerca de 70 mil vezes menores do que um fio de cabelo.
– A ideia é termos laboratórios como este em todo o Brasil para nossos cientistas e até mesmo colegas sul-americanos – afirmou o ministro durante a cerimônia de inauguração.
Edição 238