A Rio+20, conferência das Organização das Nações Unidas (ONU) em prol do desenvolvimento sustentável, será sediada na cidade do Rio de Janeiro em junho de 2012. A cidade já está se preparando para receber os representantes de 193 países, e a PUC-Rio, onde serão concentradas as discussões do ICSU (International Council for Science) durante a conferência, também está concentrada no debate sobre os rumos internacionais de ações em prol do meio ambiente.
Na sexta-feira, 28 de outubro, o embaixador André Aranha Corrêa do Lago, Diretor do Departamento de Meio Ambiente e Temas Especiais do Ministério das Relações Exteriores e negociador-chefe do Ministério das Relações Internacionais do Brasil para a Rio+20, compareceu à Universidade para conversar sobre como este encontro da ONU pretende mudar os rumos da política econômica, social e ambiental no mundo.
O embaixador afirmou que o grande diferencial da Rio+20 é que ela é mais livre do que as convenções regulares da ONU, e isso criará a oportunidade de repensar, com maior liberdade, a agenda do clima e do meio ambiente que foi criada durante a Rio 92, a segunda conferência no mundo a tratar de questões ambientais, realizada na cidade do Rio de Janeiro há 19 anos.
“Uma das grandes coisas que o Rio de Janeiro criou foi incluir o tema do meio ambiente nas discussões dos países em desenvolvimento, foi na Rio 92 que se criou o conceito de desenvolvimento sustentável”, lembrou Lago. Para ele, a humanidade precisa rever os padrões de consumo, e isto é uma questão muito delicada, pois causa um grande impacto econômico.