Coleção de vitórias aquáticas
03/07/2009 14:30
Aline Veloso / Foto: Divulgação

Desde os oito anos de idade, Carolina Mello, aluna do quinto período de Jornalismo da PUC-Rio, assistia aos jogos de polo aquatico. De torcedora, virou jogadora, e hoje coleciona prêmios no time do Flamengo e na seleção brasileira.

Carolina e o time Sub 21 do Flamengo de 2008. As jogadoras
de polo aquatico se divertem na piscina do Tijuca Tênis Clube

Convocada para a seleção brasileira de polo aquático feminino em 2003, Carolina Mello, aluna do 5º período de Jornalismo da PUC-Rio, começou a representar o país nas piscinas em 2004. A partir de então, foi cinco vezes artilheira em campeonatos nacionais. Atleta da Federação Aquática do Rio de Janeiro, Carolina sempre foi apaixonada pelo esporte, já que seu pai e irmão eram jogadores profissionais.

 

– Quando eu tinha 8 anos e assistia a todos os jogos do meu irmão, costumava dizer ao técnico que era a mascote do time. Pedia para ele não esquecer de mim caso uma nova equipe feminina fosse formada. A tradição do esporte na minha família foi um impulso a mais, afirma. Carolina fez ginástica olímpica e vôlei antes de entrar para o polo aquático, aos 12  anos.

 

Hoje, aos 20, a futura jornalista esportiva coleciona prêmios: 2º lugar no Campeonato Brasileiro Adulto Feminino de 2007, 2ª colocada do Campeonato Brasileiro Júnior Feminino e campeã do Estadual Adulto Feminino no mesmo ano, terceiro lugar no Pan-Americano Júnior 2006, com sete gols, e campeã do sul-americano 2007. Além destes, ela é vencedora dos mundiais Júnior de 2005 e 2007, campeã brasileira júnior em 2005, bicampeã juvenil de 2004 e 2005, prata no João Havelange em 2006 e 2007 e no Troféu Brasil de 2006, entre outros de que, compreensivelmente, não se lembra.

 

Líder das águas, a jogadora
Carolina Mello
O polo aquático é considerado um esporte completo por excelência. Ele favorece todo o desenvolvimento muscular e, principalmente, do sistema respiratório. Mesmo assim, Carolina afirma que a modalidade é pouco divulgada no país. “As pessoas têm impressões erradas sobre polo. Ele não é tão violento como pensam, o contato físico é o mesmo que se tem em qualquer esporte”, diz. Para a estudante, a modalidade feminina também sofre preconceitos. “Há uma crença de que o polo é um esporte masculinizado para meninas, mas isso não existe”, acentua Carolina.

 

Incentivos do governo e do clube (no caso de Carolina, o Flamengo), compensam a não-profissionalização do esporte. Ela recebe para jogar e pretende conciliar a vida de atleta com a de jornalista. A dificuldade que enfrenta hoje, como estudante, são as viagens com a seleção. Carolina já perdeu um mês de aula para jogar. “Viajo muito, mas não pretendo largar o polo. Enquanto puder fazer os dois – esporte e jornalismo –, irei fazê-los”, garante.

 

Edição 218

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