Um aluno inteligente e dedicado. Assim Gabriel Buchmann, brasileiro encontrado morto na África no dia 5, foi descrito pelo seu orientador de Mestrado em Economia, Rodrigo Reis Soares, professor da PUC-Rio.
- Ele estava prestes a iniciar o doutorado na Califórnia e defendeu uma tese que relacionava as interações políticas internacionais com crescimento populacional. Era um estudante muito trabalhador - assinala Soares.
Quando passou em primeiro lugar geral, no vestibular da PUC-Rio, Gabriel mostrou-se disposto a dedicar-se com afinco aos estudos. Ao longo do curso, ganhou bolsas para estudar na Europa – na Science-Po francesa e na Universidade de Madri – e, ao voltar ao Brasil, concluiu a monografia sobre reforma agrária.
O doutorado na Califórnia citado pelo professor Soares tinha como base o ingresso do economista no Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV), onde trabalhou na avaliação de diversos programas do governo. “Gabriel tinha muito interesse nos temas pobreza e educação”, comentou o orientador.
Ele lembra que conversou com Gabriel no Baixo Gávea, um mês antes da viagem à África, e que o rapaz estava muito empolgado porque iria ver de perto a questão das desigualdades sociais no continente.
Edição 219