Da literatura para o cinema
18/08/2011 15:00
Mariah d'Avila / Foto: Camille Valbusa

Universitários são responsáveis pela transformação de conto em curta metragem

Divididos em grupos, os participantes da oficina vivenciaram
todos os processos de uma produção cinematográfica
Um conto literário se transforma em uma obra cinematográfica. Na oficina de produção de curtas-metragens do Festival Adaptação: Literatura no Cinema, os 20 universitários selecionados são os responsáveis pela adequação das linguagens. Com apoio do Departamento de Comunicação Social, a atividade fez do campus um set de filmagens durante as duas primeiras semanas de agosto.

 

 

A partir do conto O Tatuador, do escritor João Paulo Cuenca, os participantes se dividiram em grupos para produzir quatro curtas. Sob orientação dos professores Andre Lavaquial, Christian Caselli e Lucas Paraizo, os estudantes de cinema vivenciaram as experiências de escrever um roteiro, produzir, gravar e editar o projeto.

 

Responsável pela primeira parte da oficina - a elaboração das ideias - o professor de Roteiro da PUC Lucas Paraizo explicou que a opção por fazer todos os curtas a partir do mesmo conto foi intencional.

 

- A gente decidiu fazer quatro versões do mesmo conto para poder discutir a questão da adaptação, os diferentes pontos de vista sobre uma mesma obra, para que a gente possa comparar e ampliar o debate sobre os limites da adaptação. – contou Paraizo.

 

Dentre os alunos participantes, sete são da PUC-Rio. A parceria com a Universidade foi um diferencial para a realização da oficina.

 

- A PUC era a que melhor podia amparar o projeto e tinha o perfil que a gente precisava, tanto de ideologia quanto de know-how e infraestrutura – disse o professor.

 

Aluna do 5º período de Cinema, Anna Luiza Machado aproveitou a oportunidade para ter um contato mais direto com a produção de filmes.

 

- A oficina é muito importante pela experiência, porque a gente tem um conteúdo teórico bom na PUC, mas a prática só vem muito mais tarde. Além disso, adaptamos um texto de um escritor maneiro, tivemos apoio de uma galera bacana e os profissionais deram um suporte muito legal. Só posso esperar resultados de qualidade – afirmou Anna Luiza.

 

Para o professor, a oficina de adaptação é mesmo uma chance única para os universitários.

 

- Acho que para eles vai ser muito rico. Quando resolverem fazer uma adaptação no mundo real, vão enfrentar muitos dos desafios que já estão enfrentando aqui. E, para mim, também é muito enriquecedor enquanto roteirista estar trabalhando com pessoas que estão o tempo inteiro te fazendo perguntas – ressaltou Paraizo, lembrando o valor da experiência para ele como orientador.

 

O Festival Adaptação: Literatura no Cinema está na segunda edição. Além da oficina, o projeto conta com um laboratório de roteiros,  mostra de filmes e debates no final do mês.

 

 

 

Edição 245

 

 

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