La vie en rose: vivendo um mês na França
14/08/2008 15:00
Carol Jardim e Thais Sant'Anna / Fotos: Carol Jardim

Em uma cidade dos Alpes franceses, um grupo de alunos da Universidade passou um mês desvendando a língua e a cultura do país dos queijos e vinhos. Entre as aulas do curso intensivo e as viagens pelas regiões vizinhas, os intercambistas puderam aproveitar o verão europeu conhecendo a encantadora Grenoble e sua população de culturas variadas. Conversar nas praças da cidade e saborear a gastronomia francesa foram algumas das vivências que transformaram a viagem de duas repórteres do Jornal da PUC em uma experiência de vida.

Teleférico que leva a Bastilha e passa sobre o Rio Isére
Comemorar a queda da Bastilha no berço da Revolução Francesa e celebrar com a população a libertação de Ingrid Betancourt na mesa de um bar foram algumas das experiências que vivemos durante o mês de julho no intercâmbio para a França.

 

Na capital dos Alpes se esconde uma pequena cidade universitária no meio de um vale, ao longo do Rio Isére. Apesar do tamanho, Grenoble já abrigou personagens ilustres como Napoleão Bonaparte, Rousseau e Godard, nomes que orgulham a população e servem de chamariz para as centenas de intercambistas procuram a cidade para aprender a língua e a cultura do país. Na CUEF, Centro Universitário de Estudos Franceses, o grupo de 16 brasileiros que viajou conosco se misturou com paquistaneses, europeus, americanos e chineses, que representavam 80% do curso. No verão, os alunos das universidades voltam para suas cidades e Grenoble é tomada pelos estrangeiros.

 

O tram é a principal forma de locomoção na cidade. Apesar de rápido e prático, sua última partida é em torno de uma hora da manhã, por isso, quem sai à noite para os pubs do centro deve voltar cedo para a residência, no Domínio Universitário. Após onze e meia os restaurantes fecham, e aos domingos nada abre na cidade, então é comum ouvir “desolé, c’est fermé”, “desculpe, está fechado”.

 

No primeiro dia de aula, na Université Stendhal, passamos por uma prova de nivelamento e, a partir do dia seguinte, as aulas foram diárias com quatro horas de duração. A CUEF organiza festas, churrascos, passeios, shows e uma noite em que cada país apresenta um pouco da sua cultura.

 

O principal ponto turístico de Grenoble é a Bastilha, localizada no alto de um morro fortificado. Do topo, é possível avistar a cidade velha e a parte moderna e achar, entre a cadeia de montanhas, o Mont Blanc, além de ter uma linda vista do sol poente. O teleférico que faz o percurso até a Bastilha chega na praça Jardin de Ville, palco dos festivais de verão e onde os jovens se reúnem para tomar sol e beber vinho na grama. Nos supermercados, os famosos vinhos franceses são encontrados em grande variedade e a preços baixos. Experimentar as comidas francesas também é fundamental. Fondue, raclette e tartiflette são alguns dos pratos típicos da região de Rhône-Alpes.

 

Perto de Grenoble encontram-se outras cidades encantadoras, como Annecy, construída ao redor de um lago, Le Vercors, com a magnífica gruta de Choranche, e Chamonix, de onde se pode subir para o Mont Blanc. A CUEF organiza regularmente passeios para estas e outras cidades. Como Grenoble é estrategicamente posicionada entre a Riviera Francesa, a Itália e a Suíça, os intercambistas tem a oportunidade de viajar para esses lugares durante os finais de semana.

 

Como fizemos o intercâmbio durante o verão, tivemos ainda a chance de participar das comemorações da Queda da Bastilha, feriado mais importante da França. Em Grenoble, a festa é realizada na praça Hôtel de Ville. Às 23h do dia 14 de julho, uma multidão se encontra para a tradicional queima de fogos antes dos shows e bailes espalhados pela cidade.

 

O intercâmbio para Grenoble é o mais procurado na Coordenação Central de Cooperação Internacional (CCCI) da PUC-Rio, que também oferece cursos com duração de um mês na Espanha, Estados Unidos, Alemanha e Nova Zelândia, nos meses de julho, janeiro e fevereiro.

 

Edição 203

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