Os cientistas terão disponível o recurso Proteinworld Database, que serve para acessar os resultados do estudo de sequências protéicas organizado pelo banco de dados DB2 da IBM, com a comparação de 3,5 milhões de seqüências de proteínas de cerca de 3.800 organismos, do vírus ao homem. Esta comparação permite a correção de erros, o preenchimento de lacunas nas bancos de dados internacionais sobre o DNA, a comparação de proteínas em genomas já descritos e a compreensão de funções de proteínas e genes ainda não-decifrados. O banco de dados pode ser acessado pelo site www.proteinworlddb.org. A modelagem conceitual dos dados, o projeto lógico, o desenvolvimento dos mecanismos de acesso e a interface web foram executados pelo laboratório de Bioinformática, coordenado pelo professor Sergio Lifschitz.
O WCG é uma comunidade mundial criada em 2004 que tem o objetivo de ajudar no avanço de pesquisas sobre o tratamento e cura de doenças como a AIDS, o câncer, a dengue e, mais recentemente, a gripe H1N1. Por meio da tecnologia de grade (grid computing) qualquer pessoa que tenha um computador pode ajudar no processamento dos dados, apenas cedendo o tempo ocioso de processamento da máquina. Com esse trabalho voluntário, o WCG permite a realização de pesquisas que demorariam cinco mil anos.
Para participar do projeto global, basta se registrar como membro no site www.worldcommunitygrid.org e baixar um pequeno programa que conecta o computador ao servidor da rede. Atualmente, mais de 6.600 colaboradores brasileiros fazem parte do WCG, se unindo a 1.100.000 computadores pelo mundo. Até o momento, essa rede de estudiosos concluiu um trabalho que, antes da tecnologia, levaria mais de 196 mil anos para ser feito.
Edição 216