O PUC por um Dia recebeu alunos de 23 escolas, com exposições, atividades práticas e palestras. Foi a primeira vez de muitos em um campus universitário e os estudantes tiveram a chance de experimentar o mundo da graduação antes mesmo de saírem do Ensino Médio. O projeto retornou em 2024, após ser interrompido durante a pandemia, e foi organizado pelo Programa de Integração Universidade, Escola e Sociedade (PIUES). Todos os departamentos participaram do encontro e um segundo já tem data marcada para 13 de setembro.
Com 106 atividades no cronograma e 680 alunos, a visita à Universidade teve como objetivo auxiliar os estudantes na escolha do curso; mas, para os jovens que já decidiram, o PUC por um Dia serviu para obterem esclarecimentos e observarem como os temas de interesse são abordados na prática. O coordenador do PIUES e professor do Departamento de Artes e Design, Guilherme Xavier, foi o organizador e comemorou a volta do programa após o intervalo:
— Nesse período de pausa, novas escolas surgiram e não conheciam o projeto. A vinda dos alunos é muito importante, justamente por valorizar o futuro deles enquanto pessoas e estudantes. Isso pode ajudá-los a entender a importância de escolher um espaço que seja de excelência e que lhes permita trabalhar com algo que gostam — refletiu o professor.
Para os estudantes que desejam cursar Economia e para aqueles ainda em dúvida, o Departamento de Economia preparou aulas que relacionaram temas atuais à parte teórica. Na aula sobre finanças pessoais, por exemplo, o professor Roberto Gil Uchôa conversou sobre criptomoedas e investimentos. No seminário “Operação Madonna”, a professora Mariana Albuquerque analisou o show da rainha do pop em Copacabana como forma de investimento do setor público. Para ela, a visita dos alunos à PUC-Rio é de grande valor pela variedade de estudos presentes em um mesmo local.
A estudante Giovana Fernandes Almeida, de 17 anos, do colégio Nós, participou da conversa sobre finanças mesmo já decidida a cursar Nutrição. Na agenda da visita, a jovem escolheu participar de atividades de exatas, humanas e biológicas para extrair o máximo do encontro. Ainda assim, o momento mais esperado do dia foi a exposição sobre os rótulos presentes nos alimentos e as leis que regulamentam as embalagens.
— Esse dia está sendo uma virada de chave para mim. Estou conseguindo entender melhor o que quero fazer no futuro e no que consiste uma universidade, aqui é tudo tão grande! Estou ansiosa para saber mais sobre Nutrição e talvez até aumentar meu interesse — disse a aluna.
No Laboratório de Artes Cênicas, os estudantes foram recepcionados pela coordenadora do curso, Fernanda Coutinho, e por alunos da Universidade que falaram sobre como as artes cênicas os ajudaram a perceber o mundo. As veteranas conversaram não só sobre as aulas, mas também sobre a experiência universitária fora das salas. Elas também explicaram o funcionamento do Fundo Emergencial de Solidariedade da PUC-Rio (FESP), orientaram sobre as bolsas oferecidas pela PUC-Rio e lembraram das dificuldades para se encontrar em um curso específico. Ao final, abriram um espaço de acolhimento para dúvidas e medos dos futuros vestibulandos.
Para acolher os alunos do Ensino Médio, o Departamento de Geografia demonstrou como são geradas as coordenadas geográficas com o uso da tecnologia. Os adolescentes acompanharam um mapeamento, em tempo real, do campus, feito com um drone. A atividade foi coordenada pelo professor Rafael da Silva Nunes e, ao final, os visitantes puderam ver o resultado das imagens e uma variedade de dados coletados no voo.
Vinicius Liorde, professor de História do colégio Fernandes Vidal, participou da organização da visita, na escola, e acompanhou as turmas até a Universidade. Ele contou que os alunos ainda estavam dispersos quanto ao período dos vestibulares e que a maioria ainda não havia decidido em qual curso gostaria de estudar. De acordo com Liorde, a visita despertou entusiasmo nos alunos, que demonstraram interesse em muitas das atividades oferecidas.
— Entendemos que essa iniciativa teria um efeito muito positivo na escola. A maior parte dos estudantes ainda não estava certa quanto ao que queria cursar e chegando aqui notamos uma vontade muito grande de conhecerem um pouco de tudo — observou o professor.