Com uma tiragem de 5 mil exemplares, o jornal é distribuído gratuitamente pela comunidade. Ao lado da irmã, a publicitária Michele Silva, 26 anos, e da estudante de Jornalismo da PUC-Rio Beatriz Calado, 20 anos, Michel percorre as ruas da Rocinha para entregar o Fala Roça aos moradores, que colaboram e participam da confecção do tabloide, desde a etapa de sugestões de reportagens até a diagramação. Além da participação ativa na coluna “Da minha janela posso ver...”.
– As denúncias e as histórias chegam com as trocas de conteúdo durante as entregas. É importante dar reconhecimento aos moradores e mostrar o outro lado da favela. Aqui tem pessoas com histórias incríveis. – explica Michel.
A ideia do jornal surgiu em 2012. Com o apoio da Agência de Redes Para a Juventude, que oferece aos jovens da periferia ferramentas para serem agentes transformadores do território em que vivem, a equipe do Fala Roça pôde desenvolver o projeto. Em maio de 2013, uma festa típica nordestina marcou o lançamento da primeira edição do Fala Roça.
De acordo com Beatriz, o objetivo é firmar o tabloide dentro da Rocinha e da cidade do Rio como um canal de comunicação comunitária.
– Pretendemos aumentar a tiragem do jornal e a capacidade de alcance, para que ele seja entregue a mais pessoas.