Longe dos holofotes dedicados às principais vitrines olímpicas, pulsa numa despretensiosa rua da Cidade Nova um caldeirão de sotaques igualmente emblemático da maior festa esportiva do planeta. Lá funciona o Rio Media Center (RMC), o pincipal centro de apoio aos representantes da imprensa brasileira e estrangeira. Com mais de 6.000 credenciados, este QG da mídia acolhe um vaivém diário tão eclético quanto o dos atletas e dos visitantes. Por ali passam jornalistas de variados veículos de comunicação e trajetórias profissionais, Iniciante em cobertura olímpica, Ignacio Mansur, repórter do Jornal Santafesina Radio y Television, da cidade de Santa Fé, na Argentina, destaca o suporte de informações sobre a cidade:
– O melhor do RMC é toda a informação disponível, importante para nós estrangeiros. Aqui, sabemos onde ficar, quais linhas de metrô pegar, para onde ir e onde comer ou beber. Este suporte nos ajuda muito na cobertura olímpica.
Coordenadora de Operações de Imprensa do Rio Media Center, a jornalista Adriana Moreira avalia que um das principais contribuições do espaço é a versatilidade aplicada no suporte a veículos de comunicação com diversos perfis, propósitos, tamanhos. Um trabalho que, embora à margem dos flashes, revela-se primordial aos esforços em mostrar as várias faces – urbana, esportiva, comercial, turística – da primeira Olimpíada na América do Sul.
– Damos assistência veículos de diferentes tipos, desde os menores até os de maior circulação. A ideia é ajudar os jornalistas a conhecerem as principais atrações urbanísticas, sociais, culturais e turísticas do Rio – explica Adriana.
Outra tarefa igualmente representativa, mas de viés diplomático, remete à desconstrução de uma imagem negativa formada recentemente na mídia internacional em decorrência das crises políticas e econômica e da desconfiança irrigada por episódios como o trágico desabamento da passarela na Avenida Niemeyer e falhas hidráulicas e elétricas na Vila Olímpica. Para melhorar a imagem do Rio com a imprensa estrangeira, optou-se por antecipar a abertura do centro de mídia. “Assim os jornalistas podiam entrar em contato logo com o espírito carioca”, justifica Adriana. Ela acrescenta:
– Os jornalistas perceberiam também que sabemos receber e fazer um evento de alto nível. O Rio Media Center está contribuindo para revigorar a imagem positiva da cidade e do país.
Planejado pela Prefeitura do Rio, o espaço reúne equipe formada por 60 profissionais de comunicação – assessores de imprensa, jornalistas, designers, tradutores, fotógrafos. Abriga 130 estações de trabalho e um auditório com capacidade para 300 pessoas, dirigido a coletivas de imprensa, oficinas e seminários. O RMC poderá ser utilizado 24 horas por dia até 23 de agosto, quando a Olimpíada acaba. A partir do dia 1º de setembro, véspera da Paralimpíada, o centro funcionará das 7h às 23h. Todos os serviços são gratuitos.