Grupo de Direito vence competição nacional
15/04/2008 15:00
Carol Jardim / Foto: Felipe Corrêa

A equipe de Direito da PUC conseguiu o primeiro lugar no Concurso Nacional Sistema Interamericano de Direitos Humanos. A vitória rendeu a dois integrantes do grupo passagens para representar a Universidade em Washington, na etapa internacional.

Equipe de Direito se reúne para estudar

 

Desde dezembro, um grupo de alunos de graduação de Direito se reúne ao menos uma vez por semana para estudar. Sobre a mesa redonda, cadernos, livros, papéis, sanduíches e laptops fazem parte dos encontros, que chegam a durar a tarde inteira, mesmo durante as férias. Toda essa perseverança teve como objetivo levar a PUC à 13ª Competição de Julgamento Simulado do Sistema Interamericano de Direitos Humanos, em Washington DC, nos EUA. O estudo foi recompensado com a primeira vitória da PUC no Concurso Nacional Sistema Interamericano de Direitos Humanos, que lhes rendeu a passagem paga para a competição em Washington, entre os dias 18 e 23 de maio.

 

O grupo Simulações e Realidade: Grupo de Pesquisa sobre o Sistema Interamericano de Direitos Humanos existe desde 2003 e surgiu da união entre o Núcleo de Direitos Humanos (NDH) e o Setor Jurídico do Núcleo Interdisciplinar de Meio Ambiente (Nima-Jur). São alunos de vários períodos do curso que desejam juntar a teoria aprendida em sala de aula à experiência prática. Ao explicar por que decidiram abrir mão do tempo livre para se dedicar às simulações, a resposta é unânime: “Se aprofundar no estudo dos Direitos Humanos”. Além disso, segundo a aluna Celina Beatriz de Almeida, do 9º período, os encontros também complementam as aulas: “Essas simulações são um tipo de atividade que não é comum, é a única que eu conheço no curso”, diz Celina.

 

Chuqui é o país fictício da competição deste ano. Este Estado em desenvolvimento iniciou seu processo de industrialização durante a década de 1990, época em que recebeu, entre outras, a indústria Androwita S.A. Acusada por várias doenças causadas pela contaminação do mercúrio, a empresa é processada, mas a multa é considerada insuficiente pela ONG Por Um Mundo Limpo. Este é o caso hipotético apresentado este ano pela comissão internacional, que os alunos estudam desde o final do ano passado com a ajuda das coordenadoras do projeto, a Coordenadora Acadêmica do NDH, Carolina Melo, a Coordenadora do Nima-Jur, Danielle Moreira, e a Coordenadora de Publicações do NDH, Raquel Herdy.

 

Na primeira etapa, a equipe apresentou por escrito dois posicionamentos, um representando o Estado de Chuqui e o outro a Comissão Interamericana de Direitos Humanos. Em Washington, a PUC vai simular apenas o segundo papel, por escrito, e oral, diante de uma banca. Segundo as orientadoras, não se trata apenas de expor o caso, os alunos são questionados durante a apresentação e, para isso, devem estar muito bem preparados.

 

Na etapa nacional, todo o grupo participou, mas apenas dois integrantes vão para a competição internacional. A escolha dos participantes será no dia 16 de abril, quando eles vão apresentar o mesmo caso da competição para uma banca. A orientadora Carolina Melo defendeu a simulação como metodologia de estudo:

 

– Os alunos ficam entusiasmados porque vêem o Direito sendo aplicado de uma forma diferente de como o ensino é geralmente feito, ou seja, vinculado à posição passiva do aluno em relação ao conteúdo. Essa é uma metodologia muito interessante que faz da PUC até hoje uma referência nacional, afirma Carolina.

 

 

Edição 197

 

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