Para Hugo, o Brasil tem um grande potencial energético que passa por um período delicado. A cidade de São Paulo é um exemplo desse momento, pois sofre com a falta de água, o que interfere diretamente na energia. Com a criação do Isoconcentrador, o estudante conseguiu que a captação da energia solar fique até 60% mais barata do que com os aparelhos já existentes no mercado. E foi esse pensamento empreendedor levou Hugo a ganhar o prêmio.
– Fiquei muito feliz com o prêmio, principalmente porque acho que a energia solar tem um potencial muito grande e é pouco aproveitada, e no projeto busquei uma forma de mudar essa visão. Esse tipo de energia gera poucos watts por metro quadrado, o que faz com que a captação da energia fique muito cara. Diante disso, o dispositivo que criei produz até 20 vezes mais, o que faz com que tenha mais energia, com o mesmo valor.
O projeto do Isoconcentrador precisou de mais de uma tentativa para ficar pronto. Inicialmente, Hugo tentou fazer um dispositivo em formato cilíndrico, o que não deu certo porque havia trechos que recebiam mais energia do que os outros. Na segunda vez, o aluno, por meio de novos cálculos, criou uma forma específica para o produto, o que solucionou o problema anterior.
– Praticamente todo o custo do aparelho foi por minha conta. Não tive o patrocínio de ninguém. Somente a ajuda do professor do Departamento de Engenharia Mecânica Alcir de Faro Orlando, que me deu opiniões para eu seguir com o projeto.
Empresas já se interessaram pelo protótipo de Hugo, mas ele quer aperfeiçoar o Isoconcentrador para poder comercializá-lo.