Armínio Fraga Neto se formou em economia na PUC-Rio, onde, em 1981, terminou seu mestrado. Hoje, Fraga é um economista bem sucedido, foi presidente do Banco Central, e é sócio-fundador da Gávea Investimentos, um fundo de gestão de recursos. Diante do sucesso profissional, ele decidiu apoiar o Departamento de Economia em retribuição a tudo o que viveu e aprendeu na Universidade.
“O que eu levei da PUC foi muito mais do que as mensalidades que eu paguei especificamente. Eu tinha condições, então resolvi apoiar o Departamento”, disse Fraga.
Assim como ele, outros economistas renomados e instituições financeiras investem no Departamento. O professor Luiz Roberto Cunha, decano do Centro de Ciências Sociais da Universidade, explicou as duas formas de contribuição ao Departamento.
- A primeira é o investimento financeiro direto. A segunda, seminários sobre conjuntura econômica, realizados regularmente pelo Departamento. A discussão é comandada por ministros e ex-presidentes do Banco Central. São seminários fechados em que empresas compram participação para funcionários. É uma prestação de serviços, feita gratuitamente por esses ex-alunos e professores que doam seu tempo para contribuir – explicou o decano.
Além de investimentos diretos no Departamento de Economia, as instituições financeiras Opportunity, BTG Pactual, BBM e Vinci também contribuem oferecendo bolsas de estudo para alunos da graduação e pós-graduação, incentivando o estudo em tempo integral e o bom desempenho acadêmico.
Ao contrário do que ocorre no Brasil, as doações são muito importantes na cultura norte americana. Nos Estados Unidos, os investidores têm confiança de que seus investimentos serão bem empregados. Além disso, eles contam com incentivos fiscais significativos, o que não acontece no Brasil. Dessa forma, as doações se tornam parte fundamental dos orçamentos universitários.
Segundo o economista Edmar Bacha, que também apoia o Departamento, o papel das universidades nessa captação de investimentos é muito importante. “O mecanismo de coleta precisa ser eficaz. Até hoje, recebo cartas da Universidade Yale, pedindo doações. Nos EUA, as universidades pedem e quem pode ajuda. É um canal de comunicação eficaz”, comentou Bacha.
Edição 254