Durante a palestra, Pitanguy fez uma trajetória da preocupação do homem com a beleza e a autoestima na história mundial, associando a situações e comportamentos atuais. Temas como o envelhecimento e a relação médico-paciente foram também abordados. Segundo Pitanguy, as pessoas não devem buscar as cirurgias plásticas como forma de se adequar a um padrão de beleza. De acordo com o médico, o crescimento de procedimentos realizados no Brasil faz com que o país supere os Estados Unidos em número de cirurgias plásticas para fins estéticos, dado registrado em um estudo feito pela Sociedade Internacional de Cirurgias Plásticas.
- Na realidade são vários fatores envolvidos, mas um deles, talvez o mais importante, é que no Brasil nós formamos muitos cirurgiões plásticos. Portanto, existem profissionais bem formados que sabem recusar um caso, quando não há uma indicação, mas, por outro lado, sabem aconselhar quando é necessário. O que não é frequente em outros países. Eu acredito que outro ponto pode ser a melhoria econômica da população, mas nós temos que ter o cuidado de não rotular as cirurgias plásticas como elitismo – analisou.