O jornalista e teólogo Luiz Paulo Horta, atento aos assuntos que rondam o Vaticano, defende uma maior participação dos bispos para auxiliar o novo pontífice na organização da Igreja Católica, em uma sociedade em constantes mudanças. Horta, que é presidente do Centro Dom Vital, participou da palestra Papa novo, Papa antigo – e a Igreja?, no dia 18 de março.
– Francisco vai desenvolver a colegialidade, ter mais presença dos bispos junto ao Papa, que não é um monarca absoluto. Ele depende de assessoria, da voz das Igrejas em um mundo tão vasto .
Para o teólogo, "a vida é feita de movimento", o que acarreta mudanças no posicionamento da Igreja em assuntos da atualidade. Horta defende a ordenação de padres casados, posteriormente, e concorda com a posição contra a liberação do aborto e o casamento gay na Igreja Católica.
A Igreja dialoga, no seu ritmo, com a sociedade, em transformação. Eu me lembro que quando eu era mais novo, os colégios católicos não aceitavam filhos de pais separados.
Em 1981, o Papa João Paulo II foi baleado dentro do Papamóvel. Diante da importância da imagem de um líder, Horta diz estar preocupado com a segurança de Francisco.
– Ele saltou do Papamóvel para beijar os pés de um paraplégico. Uma personalidade como o Papa pode atrair um maluco.