Uma língua diferente para uma idéia comum
21/09/2006 16:15
Verônica Ferreira / Foto de Felipe Fittipaldi

  Um idioma transnacional que valoriza a cultura de diversas pessoas. É assim que o Esperanto se afirma no mundo e atrai curiosos e admiradores. Um deles é a estudante do 8º período de Jornalismo Renata Ventura. Ela relata os motivos da paixão pelo idioma e a iniciativa de ensinar a língua na PUC.

Imagine uma língua transnacional, fácil de ser compreendida e que possa ser aprendia em, no máximo, seis meses. Desconhecido de muitos, o Esperanto atrai cada vez mais adeptos no mundo. No Brasil a procura pela língua é crescente, principalmente pelos jovens. Um dos exemplos é a estudante do 8º período de Comunicação Social, Renata Ventura, que dá aulas de Esperanto na PUC com o apoio da Vice-Reitoria Comunitária.

É a segunda vez que a aluna ensinará a língua na Universidade. O primeiro contato com o idioma foi no final de 2003, quando estava no exterior. "Eu morava nos Estados Unidos na época e sempre achava uma coisa sem lógica não ter uma língua internacional, só não sabia como isto poderia se dar." Renata expôs a idéia para um amigo, que lhe falou sobre o Esperanto. Da curiosidade para o gosto foi um pulo. "Eu achei o máximo a língua, é muito fácil de se apaixonar por ela."

Ela aprendeu o Esperanto por dois meses em um curso nos Estados Unidos e mais dois meses no Brasil, quando voltou. No país, a universitária teve contato com a Cooperativa Cultural dos Esperantistas (KKE), onde concluiu o curso de Esperanto e teve contato com outros interessados. Entre as facilidades do idioma, Renata ressalta as poucas regras gramaticais. "Há dezesseis regras e não tem exceções, como as outras línguas, porque o Esperanto é planejado."

Além da iniciativa das aulas na PUC, Renata Ventura criou este ano a Ordem dos Jovens Esperantistas do Rio de Janeiro com cerca de 30 integrantes, cujo objetivo é de unir e organizar encontros, alguns na Associação Esperantista do Rio de Janeiro (2240-6119). O curso de Esperanto deste semestre na Universidade tem duração de quatro meses e não trará retorno financeiro, mas Renata aguarda outro resultado além do prazer de divulgar o idioma. "Espero que as pessoas aprendam e entrem nesse mundo diferente que eu conheci. Quando você fala em Esperanto com alguém, você fala com relação de igualdade, porque todos aprenderam a língua, todos estão num mesmo nível de conhecimento", assinala Renata.

Edição 175