Fala-se muito na falta de capacitação profissional para atender às demandas dos projetos que vêm por aí. Mas existem comportamentos básicos que não dependem de cursos que ensinem técnicas ou desenvolvam habilidades. Trata-se, simplesmente, de civilidade. Não é porque está escrito no manual do curso que uma pessoa deve ser cortês, manter a cidade limpa ou respeitar os demais, mas porque estas são boas maneiras necessárias à vida em sociedade.
Num momento em que as empresas contratam pelo currículo, e costumam demitir pela postura, a Universidade deveria se perguntar: como formar, além de profissionais competentes, cidadãos exemplares em urbanidade? E como essa urbanidade é experimentada e construída – ou não – no campus da própria PUC-Rio? Uma dimensão decisiva da nossa evolução como cidade está no respeito pelo outro, esse cidadão que mora ao lado e compartilha os mesmos espaços.
Andrea Ramal
Presidente da Aaa-PUC-Rio
Edição 259